25 junho 2004

Uma choldra

Jorge Sampaio, em nome da estabilidade, parece determinado em afastar a única solução democrática na sequência do abandono do Governo por Durão Barroso - a realização de eleições antecipadas.
Se assim for,de uma penada, faz um favor ao PSD, ao PP e ao PS - aos dois primeiros prolongando, generosamente, o seu tempo de vida governativo; ao segundo, dando-lhe tempo para se preparar internamente para a tomada do poder.
E o país que se dane - no entender de Sampaio não merece mais, nos próximos dois anos, que aguentar a dupla de opereta Santana Lopes/Paulo Portas, a quem os eleitores, da direita à esquerda, jamais dariam os votos suficientes para (des)governar Portugal!
Que palavras tão certeiras nos deixava aqui há pouco o Carteiro:
..." ao contrário do crédito que demos ao valorosos jogadores, temos muito pouco mais a quem dar crédito. Não nos revemos em quem nos lidera, nem em quem, previsivelmente, venha a governar-nos."

Neste país, mesmo quem não votava no Presidente da República eleito acabava por se rever nele enquanto último reduto de bom senso nos momentos politicamente mais difícieis.
Até esses tempos parecem ter acabado.


Resta-nos o futebol, pelo menos até à próxima quarta feira.

O tempora! O mores!

4 comentários:

Primo de Amarante disse...

Luminosa observação. O pirosismo "jet-set" no poder.

Primo de Amarante disse...

Segundo fontes do jet-set do eixo Cascais-Lisboa, Santana Lopes será substituído na Câmara por Castell-Branco; Lilly Caneças ocupará o lugar de Celeste Cardona e para ministra das finanças está indicada Cynha Jardim.Tudo a bem da Nação, Percebbe!!!!!!!!!!...............

Anónimo disse...

O facto do sr. Durão Barroso abandonar a barca mais pobre, com as gentes mais deprimidas, com um governo em que é notório que o seu objectivo não era a defesa do interesse nacional, mas das classes mais ricas deste país.Anote-se a concentração do capital ocorrida nos últimos tempos, faz-nos pensar que é um alívio para o país a sua fuga.
Importa é pensar duas coisas. Uma ele vai, diz-se, para PCE não por ser um homem preparado, mas, talvez, e não vemos, outras razões, como dizia o Financial Times, de ontem, como li, hoje "no causa nossa", por ser "...one of the least known of EU leaders, but his relative obscurity has allowed to emerge as a compromise candidate.» . Face ao referendo do Tratado Constitucional ninguém previu que a UE é coisa que dá para desconfiar, quando se escolhe para a sua P, como diria o FT em 1958," o senhor Tomás ou um agente da Direcção Geral de Viação", no caso o sr. Durão Barroso.Será que no reterendo, se o houver, o povo não tenderá a ligar as duas coisas.
Segunda questão.O senhor doutor Durão Barroso deixa o país com problemas graves a resolver.Não os conseguiu resolver.A derrota da coligação governamental em 13 de Junho reflecte o estado da nação. A maior derrota, de sempre, das forças do arco centro-direita e direita em Portugal desde 1975.
É natural que, patrioticamente, ele se tenha apercebido que tinha de saír.Bem haja se o fizer.
Agora, com o avale do Dr. Jorge Sampaio, colocar o actual presidente da Câmara de Lisboa como primeiro ministro, é um acto de instabilidade politica da responsabilidade do sr. Presidente da República, fruto dos indesejáveis afunilamentos e fulanizações em que vive rodeada a PR.A falta de abertura à sociedade civil, ao povo que o elegeu, o manifesto falta de respeito pela vontade popular, pode levar, Jorge Sampaio, a praticar um acto que pode comprometer o nosso futuro e pôr em crise a estabilidade deste país.

Anónimo disse...

O facto do sr. Durão Barroso abandonar a barca mais pobre, com as gentes mais deprimidas, com um governo em que é notório que o seu objectivo não era a defesa do interesse nacional, mas das classes mais ricas deste país.Anote-se a concentração do capital ocorrida nos últimos tempos, faz-nos pensar que é um alívio para o país a sua fuga.
Importa é pensar duas coisas. Uma ele vai, diz-se, para PCE não por ser um homem preparado, mas, talvez, e não vemos, outras razões, como dizia o Financial Times, de ontem, como li, hoje "no causa nossa", por ser "...one of the least known of EU leaders, but his relative obscurity has allowed to emerge as a compromise candidate.» . Face ao referendo do Tratado Constitucional ninguém previu que a UE é coisa que dá para desconfiar, quando se escolhe para a sua P, como diria o FT em 1958," o senhor Tomás ou um agente da Direcção Geral de Viação", no caso o sr. Durão Barroso.Será que no reterendo, se o houver, o povo não tenderá a ligar as duas coisas.
Segunda questão.O senhor doutor Durão Barroso deixa o país com problemas graves a resolver.Não os conseguiu resolver.A derrota da coligação governamental em 13 de Junho reflecte o estado da nação. A maior derrota, de sempre, das forças do arco centro-direita e direita em Portugal desde 1975.
É natural que, patrioticamente, ele se tenha apercebido que tinha de saír.Bem haja se o fizer.
Agora, com o avale do Dr. Jorge Sampaio, colocar o actual presidente da Câmara de Lisboa como primeiro ministro, é um acto de instabilidade politica da responsabilidade do sr. Presidente da República, fruto dos indesejáveis afunilamentos e fulanizações em que vive rodeada a PR.A falta de abertura à sociedade civil, ao povo que o elegeu, o manifesto falta de respeito pela vontade popular, pode levar, Jorge Sampaio, a praticar um acto que pode comprometer o nosso futuro e pôr em crise a estabilidade deste país.