Jerry Herman
Hello Dolly (1969)
Hello, Dolly, well, hello, Dolly.
It's so nice to have you back where you belong.
You're looking swell, Dolly,
we can tell, Dolly,
you're still glowin', you're still crowin',
you're still goin' strong.
We feel the room swayin
for the band's playin
one of your old fav rite songs from way back when.
So, take her wrap, fellas,
find her an empty lap, fellas.
Dolly'll never go away again.
Hello, Dolly, well, hello, Dolly.
It's so nice to have you back where you belong.
You're looking swell, Dolly,
we can tell, Dolly,
you're still glowin, you're crowin',
you're still goin' strong.
We feel the room swayin
for the band's playin
one of your old fav rite songs from way back when.
So, golly gee, fellas,
find her a vacant knee, fellas.
Dolly'll never go away,
Dolly'll never go away,
Dolly'll never go away again.
20 comentários:
Compadre, esclareça-me dos motivos da dedicação da canção. Regressar à adolescência já não é o meu propósito. Mas recordar é viver.
E, sendo mais claro: Por diversas razões conheço bem o problema dos adolescentes e não queria ser, hoje, adolescente. Também nunca me deixei formatar pela madurice. Penso que na vida nada se repete. E para não entrarmos num processo de biodegradação é necessário correr o risco de ser olhado como “desconfigurado”. É esta a saga dos livres-pensadores e dos que gostam de olhar para a vida com poesia (e alguma loucura), muito embora não sejam poetas. Tudo isto sem pretender dar encontrões e muito menos atrapalhar! …
Ainda por cima "dolly" era uma ovelha ranhosa, clonada e morreu antes do tempo!
Vou ficar amuado com a sua insinuação durante, pelo menos, dois meses.
Obrigada pela lembrança. Pois é verdade que também sou do "tempo das garagens", boîtes, como então se dizia, só às escondidas da entidade paternal, o que só dava nas férias de verão, em que a dita me davam um bocadinho mais de folga (não para ir às boîtes, mas para me escapulir).
Agora a música em si... era mais os Rolling Stones, os Beatles, os Monkeys, tá a ver?
Eu dedicava era este post ao nosso bem regressado CARTEIRO!
Já que, por recomendação de Kamikaze, o post foi dedicado "ao nosso bem regressado CARTEIRO" eu volto ao convívio blogueiro, sem esperar pelos dois meses de quarentena.
Mais uma vez, Kamikaze compreendeu-me!
Compadre Lemos: o que mais me perturbou foi, de facto, a canção evocar os bailes de garagem (e não boites - coisas diferentes!). A ideia desses bailes traz-me à memória as tampas que levei. Fico sempre a pensar, por que é que deus não me fez mais bonito, capaz de dançar sem calcar as "damas", etc. etc.
E esta sensação é tanto desagradável, quanto é certo que, no que a mim dizia respeito, eu tudo fazia para ser bem sucedido: utilizava um bom "after-chei(ro)" (que me custava uma mesada), lavava bem os dentes (e nessa altura estavam lá todos!)para ter um bom hálito e as amigas de família falavam duma quinta no Douro que uma tia me deixaria um dia...
A acrescentar a todo este insucesso, como ficava o compadre se chegasse à sua secretária (depois de uma manhã de trabalho, como hoje - levantei-me às 7h30m) e encontrasse uma boneca enorme, com um letreiro enorme, onde estava escrito. " Hello Dolly !"
É demais!... Ainda por cima a canção "Hello Dolly" (tipo jazz) era a única que eu dançava bem: só precisava de abanar a cabeça e o resto...(da dança, entenda-se!)timidamente ia-se desenvolvendo.
Eu era assim ...pouco jeito, feioso e muitas negas! Muito embora, o "não" fosse, por vezes, uma clara iniciação ao "sim". Sobretudo, quando à pergunta dança?!... havia um "naaaaãoo!!!!...", com a cabeça a dar a dar.
É que nessas coisas acaba-se sempre por encontrar gente generosa! Mas nunca com a abundância do carteiro, claro!...
E aconteceu tudo isto a quem ensinou e teve sem por lema que “não se pode amar todas as mulheres bonitas do mundo, mas deve-se fazer um esforço”.
Como vê, e é patente, justificava-se entrar em quarentena num qualquer convento, carmelita, se possível!
É preciso ter azar!
Referi as boîtes por contraposição aos bailes de garagem, não como sinónimos.
E entre os bailes, as boites e logo depois as discotecas, além dos Beatles, Rolling Stones, Santana, havia Hendrix, Joplin e Bossa Nova.
E sempre noite a dentro, além de paz e amor, tantas palavras.
E sempre a contestação , a rebeldia.
( gostei de ler esta conversa de vocês )
A desilusão é a resssaca duma ilusão bem vivida. Tem razão marinquieta!
Penso que sim.
A minha meninice (na adolescência deu-me para ser mais tipo "intelectual do contra") deve ter sido muito bizarra: lá nos bailinhos de garagem não abusávamos do slow (o pudor impede-me de usar o vernáculo), era mais para os pulos, que ainda não estava na moda o fitness e essas coisas assim e as aulas de ginástica (com a prof. de vestidinho de domingo e sapatos altos) não davam para gastar as energias...
Assim, o equivalente à música do Nicodemos seria, lá na garagem dos meus vizinhos gémeos (estive apaixonada pelos dois, claro), o "Voulez-vous coucher avec moi?" C'est ça!
Perdoe-me o vernáculo.Muitos dos intelectuais do contra também eram intelectuais do roço. Vou-lhe contar uma história que é verdadeira. Há testemunhas. Num Clube fino duma cidade do interior eu, com dois amigos, fomos a um baile. E, como era da praxe, abeirei-me de uma menina que estava sentada e perguntei-lhe: a menina dança?!... Ela respondeu-me: não danço consigo, porque ouvi dizer que era comunista! Respondi-lhe: não faça caso, roço como qualquer burguês.
O pior foi a seguir.
Esqueci-me de dizer que isto foi em 1972/3
Ah Ah Ah
em 72/73 até eu já tinha aprendido que se podia ser intelectual do contra e não só, tudo ao mesmo tempo. Dois em um.
Só confirma o que eu disse num outro post
Só mais o seguinte: alguns anos depois, já depois do 25 de Abril, encontrei a miúda, muito linda, da minha história. Foi em Lisboa, perto do Rossio. Olhamos um para o outro várias vezes e só uma timidez cruel não permitiu que o sorriso que afivelamos fosse consequente. Ainda, hoje, recordo isso com ternura.Penso que ambos percebemos que o preconceito é o que de mais estúpido existe.
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