silêncio,
hiato entre mãos carregadas
e o fato inevitável do tempo
a trepar à montanha, à floresta,
ao nosso corpo.
obervamos sem palavras
o movimento geral das coisas
-imperceptível a olhos rápidos-
o amor desperdiçado a morrer
sob os pés na calçada,
que nos dizem
agarrando-nos a face :
- vê !
e ver pode custar uma vida de palavras,
minutos de lucidez mortal
ou o átimo do encontro.
o ano passa
no calendário dos homens,
as palavras se atropelam
na nossa pele,
e ainda assim calamos.
silvia chueire
13 junho 2006
silêncio
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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2 comentários:
mcr passou olhou leu e...gostou.
todavia absorvido pels últimos e terríveis versos...calou!
era apenas uma reflexão, mcr . :)
merci.
silvia
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