No JN de hoje há um conjunto de notícias que nos mostram como a globalização também penetrou no país pela via menos sã. Portugal não é mais aquela coisa de brandos costumes. Os últimos tempos mostram que o tiro e a naifada passaram a integrar o quotidiano nacional. E se, por enquanto, ainda nos espantamos, dentro de pouco tempo isso fará parte do nosso dia a dia, sem grandes surpresas ou descontentamentos (salvo as vítimas e os que lhe são próximos). Enfim, é o progresso a progredir.
Qual a causa? Para uns será a crise e o desemprego. Para outros, a desagregação da família, dos valores. Outros, ainda, dirão que é a perda de identidade e a perda da fé. Ah! Alguns até culparão os Tribunais, a Justiça, o Ministro (o actual e o que vier a seguir). Até podem ser todas estas coisas juntas. Politólogos (?), Psicólogos e outros entendidos no domínio da palavra vão entrar, cada vez mais, em nossas casas, via TV, para nos explicar, o que se revela mais que evidente. Até se poderão fazer estudos, teses de doutoramento sobre as causas da violência, mas não será por aí que o fenómeno será afectado. Esses estudos e teses apenas o elevarão ao estatuto de coisa importante, com relevo na sociedade, que veio para ficar e prosperar.
De qualquer modo o Governo poderia criar um Observatório da Violência Pública e Casos Afins, para registar o desenvolvimento do fenómeno, estudo dos efeitos colaterais e fazer umas conferências sobre temas adjacentes.
A missão do Observatório consistiria, desde logo, no registo das notícias dos jornais. Assim, só hoje e no JN anotaria para estudo:
“Morte de informador da PJ sem vestígios de atentado”;
“Dono do BPA roubado e sequestrado”;
“Judiciária investiga morte de segurança no Colombo”;
“Detidos quatro suspeitos de rapto”;
“Árbitros recusaram ouro”.
Por sua vez, do Público:
“Morreu jovem baleado no Oeiras Parque”;
“Escutas contradizem Telmo Correia”;
“Dois encapuzados roubaram 100 mil euros à porta de um banco em Vilamoura”.
Para um só dia (e apenas da leitura enviesada de dois jornais) já tinham trabalho de sobra.
Qual a causa? Para uns será a crise e o desemprego. Para outros, a desagregação da família, dos valores. Outros, ainda, dirão que é a perda de identidade e a perda da fé. Ah! Alguns até culparão os Tribunais, a Justiça, o Ministro (o actual e o que vier a seguir). Até podem ser todas estas coisas juntas. Politólogos (?), Psicólogos e outros entendidos no domínio da palavra vão entrar, cada vez mais, em nossas casas, via TV, para nos explicar, o que se revela mais que evidente. Até se poderão fazer estudos, teses de doutoramento sobre as causas da violência, mas não será por aí que o fenómeno será afectado. Esses estudos e teses apenas o elevarão ao estatuto de coisa importante, com relevo na sociedade, que veio para ficar e prosperar.
De qualquer modo o Governo poderia criar um Observatório da Violência Pública e Casos Afins, para registar o desenvolvimento do fenómeno, estudo dos efeitos colaterais e fazer umas conferências sobre temas adjacentes.
A missão do Observatório consistiria, desde logo, no registo das notícias dos jornais. Assim, só hoje e no JN anotaria para estudo:
“Morte de informador da PJ sem vestígios de atentado”;
“Dono do BPA roubado e sequestrado”;
“Judiciária investiga morte de segurança no Colombo”;
“Detidos quatro suspeitos de rapto”;
“Árbitros recusaram ouro”.
Por sua vez, do Público:
“Morreu jovem baleado no Oeiras Parque”;
“Escutas contradizem Telmo Correia”;
“Dois encapuzados roubaram 100 mil euros à porta de um banco em Vilamoura”.
Para um só dia (e apenas da leitura enviesada de dois jornais) já tinham trabalho de sobra.
3 comentários:
Tem toda a razão. O crime violento deve começar a ser uma verdadeira prioridade. Antes que seja tarde.
Concordo plenamente: actuar antes que isso se torne um triste “sinal” de um tipo “desenvolvimento” que dispensamos.
A edição de ontem do Correio da Mnhã dedicava 12 páginas a crimesDa 1ª à 11ª - Assassinatos, a 12ª era relativa a tráfico de Droga
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