Breves

1. Menezes procura sobreviver no PSD, atira para aqui e para acolá. Não consegue acantonar PSL. É obrigado a sair a terreiro para criticar o seu porta-voz da educação, que tinha criticado Cavaco Silva. Grita: agarrem-me se não eu atiro-me a eles. E eles, onde estão?

2. Os professores estão aí para a luta. Defendem-se e lutam pelos seus interesses. Nada que outras classes não façam. Escusavam era de vir para a rua com os cartazes em defesa da escola pública, quando o que defendem são os seus direitos – pagamento de horas extraordinárias, avaliação sem doer muito, gestão das escolas nas mãos de professores, etc. e tal. Mas perece-me que a ministra também está aí para a luta. Sócrates não pode fazer a Maria de Lurdes Rodrigues o que fez a Correia de Campos.

3. Obama ou Clinton? A super terça-feira aumentou a confusão e os democratas estão divididos – isto quando os republicanos já aclamam John McCain. Confesso a minha surpresa com a força de Obama, mas continuo a pensar que a experiência de Hillary Clinton seria mais prudente para o tempo de mudança que se anuncia. Mas Obama impõe a sua mensagem muito “clean” e é bem capaz de ganhar a nomeação. Será o melhor para os democratas chegarem à vitória?

4. Zapatero ou Rajoy? Inquestionavelmente Zapatero, que esta semana esmagou o líder popular no último debate. Disse debate? Quem pôde ver em directo testemunhou um somatório de tempos de antena e não o confronto de ideias habitual num debate moderado por jornalistas experientes. Cada candidato debitava o seu discurso, sem ser confrontado com perguntas, lapsos, incoerências ou leviandades próprias de uma campanha eleitoral. Era debitar, debitar, enquanto os cronómetros da Real Federação de Basquetebol de Espanha (!) deixassem. Esperemos que esta moda não chegue até nós.

5. A TSF fez vinte anos há poucos dias. Está de parabéns a estação que mudou a rádio em Portugal (na perspectiva de quem gosta de muita informação na rádio). Por uma notícia, eles continuam a ir até ao fim da rua, até ao fim do mundo.