“Dentro de uma década as mulheres já estarão em maioria nas mais relevantes profissões forenses, que são a magistratura e a advocacia, tradicionalmente exercidas por homens. De acordo com o estudo «Inquérito aos Advogados Portugueses», coordenado pelo sociólogo António Caetano, desde 1994 que mais de metade dos diplomas em Direito são entregues a estudantes do sexo feminino, cabendo-lhes actualmente a maioria de dois terços no que respeita a inscrições na Ordem dos Advogados (OA).! (…)
Estas, no entanto, representam nos últimos anos mais de dois terços dos candidatos à carreira, segundo informações do Centro de Estudos Judiciários - percentagem que corresponde às inscrições na OA. Um dos sintomas destas alterações é o facto de, pela primeira vez na história, uma mulher ir, dentro de dias, tomar posse como juíza conselheira no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
José Eduardo Sapateiro lembrou, a propósito, que o acesso do sexo feminino à magistratura só foi possível após a revolução de 1974.”
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22 maio 2004
Mulheres nas profissões forenses
Marcadores: direito/justiça/judiciário, kamikaze (L.P.)
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1 comentário:
Os factores que levam a que sejam as mulheres a, actualmente, estarem em maioria na hora da "contagem" do sucesso escolar - desde logo no secundário - e a tomarem de assalto cada vez mais baluartes de sectores académicos e profissionais tradicionalmente masculinos não serão, pelo menos em parte, os mesmos factores que as levam a continuar em minoria no mundo da política?
Serão os factores chave de afirmação numa e noutra actividade coincidentes?
Em todo o caso, creio que, embora mais lentamentente, a afirmação progressiva das mulheres no mundo da política é uma inevitibilidade, não só por razões de ordem estatística mas, até, possivelmente, pelas consequências que a afirmação das mulheres nesses mundos tradicionalmente masculinos trará à sua forma de, psicológica e sociologicamente, intervir na civitas. Uma mudança que inevitavelmente introduzirá, no tipo de relações familiares e sociais já em acentuada mudança, consequências ainda dificilmente previsíveis. Por isso, a questão das quotas, it's the least of my worries... :)
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