Segundo o diário A Capital de ontem, Adelino Salvado terá sido convidado a assumir o cargo de secretário de Estado da Justiça na "já anunciada remodelação governamental". Por ter conseguido, nos últimos dois anos, "angariar apreciável capital de confiança política junto do Governo".
25 junho 2004
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1 comentário:
O Salvado merecia ser secretário de estado mas sem nenhuma pasta específica. Ficava, para usar um termo do futebolês na posição de libero. Isto é, era encarregado de meter na ordem qualquer director-geral ou respectivos subordinados que abalassem a estabilidade da coligação. Concretizando, trataria logo de transferir para as ilhas do Canal qualquer funcionário do fisco que detectasse lacunas na declaração de rendimentos de um qualquer membro do governo e ou um qualquer barão dos partidos que o apoiam. O filho do Sacana Flopes armava giga numa discoteca, um polícia levava-o para o Governo Civil e, de imediato, o deles Salvado era acordado (até rima) para tratar de degredar o agente da PSP, sem sequer avisar o desembargador Belo Morgado. Um deputado da maioria era apanhado com um grão da asa e, com os conhecimentos jurídicos que se lhe conhecessem, Salvado trataria de imediato de rescindir o contrato com a empresa fornecedora do equipamento pelo descuido de o não ter programado para dar zero sempre que um barão ou baronete soprasse no balão. Salvado seria, para abreviar, um diligente Provedor dos que estão acima da lei ou isentos de entrarem em rota de colisão com as leis a que todos os restantes portugueses estão obrigados. Indigitar e empossar Salvado como secretário de Estado da Justiça seria uma afronta à sua infinita capacidade de servir os seus amos e colocaria os que nos governam em situações de risco inaceitáveis para a posição a que se alcandoraram. Salvados não há muitos e os poderosos deste país terão isso em atenção. E não seria possível pedir aos nossos cientistas para o clonarem.
A bem da nação.
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