Tribunais desportivos

A ideia não é nova e até houve por aí um manga de alpaca que suscitou a questão. Porém, o Dr. Lázaro veio dar ao assunto consistência teórica, perfilando-se como um possível auxiliar do Governo na elaboração de tão ingente legislação.
Claro está que só abordou as questões essenciais, deixando de fora algumas interrogações que precisarão de ser ultrapassadas.
Concordando com o propósito, suscito neste forum de juristas algumas interrogações que não querem ser mais do que um contributo para o trabalho do Dr. Lázaro.
- Em primeira instância, o colectivo de juízes que estiver em campo deve usar beca?
- Na sua função de apanha-bolas, os magistrados do Ministério Público, que não deverão ser em número inferior a três por jogo, terão vencimento igual ao de juiz de círculo?
- Nas candidaturas ao CEJ passará a haver provas físicas com carácter eliminatório?
- E na formação passará a haver aulas de educação física?
- Poderão ascender às instâncias de recurso os juízes que não tiverem tido pelo menos dois anos de serviço de campo com nota de mérito?
- E poderão ser magistrados do Ministério Público nesses tribunais de recurso aqueles que nunca foram apanha-bolas?
É um debate sério que ainda agora começou, mas que se adivinha apaixonante. Ao publicar o trabalho do Dr. Lázaro, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses deu mais uma vez o exemplo de que, até na caricatura, se pode ser grande.