09 julho 2004

Um estranho óbvio

O Presidente da República, durante duas semanas, consultou, reflectiu e formou a sua decisão. A sua decisão foi como se não tivesse consultado, reflectido e formado uma opinião. Disse solenemente o que é óbvio: que o governo deve governar como estava a governar e que ele exercerá os poderes que deve exercer. Tudo óbvio, como se nada de novo tivesse acontecido. Mas, quando tudo parece muito óbvio, é muito provável que tudo venha a ser muito diferente. A demissão do Ferro Rodrigues tornou patente que o óbvio já não é óbvio. Obviamente, não foi para isso que muitos votaram em Jorge Sampaio. Muitos, obviamente, esperarão que Jorge Sampaio devolva os votos que lhe entregaram. É esta a conclusão óbvia.

2 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Kamikaze (L.P.) disse...

Agora já se pode comentar. Tarde de mais, já dei forma de post ao comentário que pretendia fazer quando ainda não se podia...