Eu quero morrer junto ao mar,
num finar devagarinho,
com ou sem dor, pouco importa,
desde que olhe para o mar.
Quando eu souber, dir-te-ei,
que o fim está para chegar
- leva-me, devagar, pela mão,
lívida, magra e sem força,
num passeio até ao mar.
Eu quero morrer junto ao mar,
hoje, amanhã, não interessa
- desde que seja junto ao mar
e tenha a tua alma por perto.
(Anónimo, séc. XXI)
3 comentários:
Escreve bem este anônimo.
Ah, sorri aqui imaginando as pessoas a perguntarem-lhe isto, carteiro. E entregarem correspondência. :)
Para quem diz que não é poeta, soa como se... é.
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