04 setembro 2004

Mal-estar policial

Depois da doçura amarga dos anteriores posts "Princípio do amor", "Sonhos perdidos" e "Doce infinito", é a contra-gosto que desço ao prosaico desta notícia no Público de hoje.
A nomeação de Ilda Pação, dum departamento de recursos humanos, para nova subdirectora nacional adjunta da Polícia Judiciária, parece estar a causar mal-estar, nomeadamente no sector dos funcionários de investigação criminal. Segundo Carlos Anjos, presidente da ASFIC (Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal), esta associação será "sempre frontalmente contra a nomeação de qualquer pessoa que não faça parte da carreira da investigação criminal para cargos de direcção, onde venham ou possam vir a chefiar directamente investigadores criminais".
É sempre assim. Quem vem de fora e de novo para uma casa como esta, com tantas e diversas "sensibilidades" e de difícil gestão (já não digo direcção), não pode bastar-se com amadorismos e boas-vontades. Depois da incompreensível aceitação, por "imposição", de subdirectores-gerais provindos de uma equipa anterior, auto-demitidos por solidariedade com um director-nacional de triste memória, parece ser um erro, talvez de simpatia, nomear para um cargo de suposta direcção uma pessoa da carreira administrativa.
Um começo pouco promissor...

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