Sinto-me só
Desorientado
Não sei para que lado me voltar
Não sei quem sou
Não sei onde fica o mar
Nem tão pouco para onde vou
Sentado
Prefiro estar sentado
Imagino aventuras
Invento amores
Apaixono-me por nomes
Todos os nomes
Fragilidade ridícula
Permaneço inacessível
Inexcedível
Talvez…
No silêncio
Na sombra
E nas palavras me embriago
No ventre das palavras
No calor remexido do casulo
Teia desfeita
O nulo
Sem norte
No vento que apaga as minhas palavras
No areal das lágrimas salgadas
Sem sorte
Não me apetece lutar
O tempo que o amor não nos deu
Permanece poeira levantada
E eu desapareço
O meu corpo encolhe
Neste poema
Poema do esquecimento
Poema do esqueciment
Poema do esquecimen
Poema do esquecime
Poema do esquecim
Poema do esqueci
Poema do esquec
Poema do esque
Poema do esqu
Poema do esq
Poema do es
Poema do e
Poema do
Poema d
Poema
Poem
Poe
Po
P
André Simões Torres
29/08/2003
17 setembro 2004
Poema do esquecimento
Marcadores: Poesia, Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
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2 comentários:
Sublinho: Apaixono-me por nomes.
O formato e o corpo encolhendo no poema. Toca-me.
Um abraço, compadre.
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