Por Artur Costa, no JN de hoje:
Nesta quadra do ano é que nós vemos como o mundo que nos rodeia não é tão mau como parece. Há cordura, bondade e gentileza em todas as pessoas; há gratidão afectuosa em todas as instituições que, afinal, foram criadas para o nosso serviço, mas que, com a desconfiança que nos é habitual, pensávamos termos sido nós "fabricados" para o serviço delas; há uma harmonia que se respira em todas as esferas da vida quotidiana, uma harmonia feita de reconhecimento e de doação altruística. Desde o titular do mais humilde serviço, ao mais alto responsável de organizações complexas, que talvez pensássemos distantes e despersonalizadas, todos se proclamam nossos fiéis, gratos e prazenteiros criados. Todos nos tiram o chapéu, curvando o espinhaço, fisicamente ou em letra de forma, mostrando-nos o alto valor em que sempre nos tiveram e a preciosidade da nossa existência. Todos convergem para nos dar a importância merecida, aquela importância que, no fundo, cada um de nós, como pessoa, merece. Foi a pensar em nós, no nosso supremo bem-estar, que todas essas pessoas e entidades organizaram as suas vidas e estruturaram a suas empresas e os serviços que prestam. Eles estão gratos pela nossa existência, por privarem connosco, por lhes termos dado a oportunidade de nos mostrarem que a causa da sua própria existência reside em nós. Não passou um único dia, dos 365 dias do ano, sem que tivessem ocupado o seu pensamento senão em nós, em cada um de nós em particular, pois todos somos elos desta vasta cadeia universal de solidariedade, tão justamente lembrada nesta altura do ano. Todos nos olham com admiração, respeito e com um vibrante sentimento de humanidade. A vida é realmente bela.
1 comentário:
Desejo-vos um Feliz Natal.
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