O mundo esmaga seus ombros, mas o punho, trémulo e esquivo, divide o pão. A cada esquina, seus passos oscilam entre o salto e a queda.
Se a mão direita servilmente conduz as algemas do riso e da opressão, a esquerda brande um punhal de peixes veementes, que se afogam numa floresta de loucos albatrozes.
Quando soar o último clarim, seus olhos vencerão o limite do tédio e voarão, triunfantes, entre as leves colunas da manhã.
José Paulo Paes
06 janeiro 2005
Fábula
Marcadores: Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Belo, belo. Belíssimo texto.
Obrigada por ele.
Silvia Chueire
Enviar um comentário