09 janeiro 2005

Maiorias absolutas


Post de Vital Moreira, no Causa Nossa:

Maiorias absolutas

Independentemente da concordância, ou não, com a idea do Presidente da República de favorecer deliberadamente a obtenção de maiorias parlamentares absolutas, parece evidente que ela não prima pela oportunidade nem pela profundidade, apresentada como foi, de passagem, numa conversa televisiva, no início de um processo eleitoral.

2 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...

Como se pergunta neste post do Jumento: «Se muitos portugueses já não se sentem representados no Parlamento e no Governo o que seria dos que não se identificam com um modelo político que excluísse correntes de opinião do governo? »
e se relembra no Barnabé: «Como sempre no momento em que um dos maiores partidos torna o país ingovernável, começam a surgir as teorias do favorecimento à formação de maiorias, aqui expendidas por Pacheco Pereira e pelo próprio Presidente da República. E antes que vá toda a gente atrás da opinião da moda, talvez não fosse má ideia lembrar que o último governo a durar os quatro anos completos em Portugal foi um governo minoritário – o primeiro de Guterres. E que se este governo de agora caiu a meio do mandato não foi certamente por falta de maioria (...)», concluindo: «Não e renão. O sistema português já facilita as maiorias, que começam por volta dos 43%. Cavaco teve duas. Se agora ninguém chegar lá, foi porque o eleitorado não quis e não precisa que se lhe interpretem "as pulsões". Convençam-nos antes a dar-vos uma maioria; caso contrário, desenrasquem-se com os votos que nós vos dermos.»

Os debates sobre esta e outras questões relacionadas seguem e somam. Ainda bem!
Veja-se, por exemplo, entre muitos outros: este e este posts de Vital Moreira no Causa Nossa, o artigo de António Barreto no Público de hoje, o recém criado O Reformista,"um Blogue de intervenção de um Social Democrata. Da discussão nasce a luz"...

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Concordo por inteiro com Vital Moreira. Percebo as preocupações de Jorge Sampaio mas, mais uma vez, julgo que não esteve bem na forma como se pronunciou. Aliás, já no processo disssolve-não dissolve a AR, o presidente esteve certo no conteúdo da sua decisão, mas infeliz na forma adoptada.