02 janeiro 2005

Não voto

Nas próximas eleições legislativas, tenciono não votar. Não é a primeira vez que me abstenho, mas, desta vez, não é por qualquer impossibilidade objectiva, nem preguiça de me deslocar ao Marco de propósito, nem porque venha a ter qualquer coisa mais agradável para fazer. Se não for votar, é pura e simplesmente porque não me apetece, porque não tenho por onde escolher, porque não quero escolher, porque não quero ser co-responsável por uma escolha que será necessariamente má.
Nas próximas eleições legislativas, tenciono não ficar parado à frente das televisões, a mudar afincadamente de canal, para ir seguindo a maratona eleitoral. E, aí, será a primeira vez que me abstenho. Coisa estranha! Os resultados das próximas eleições precupam-me tanto como saber quem ganhou a "Quinta das Celebridades".

2 comentários:

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Nunca me abstive mas já votei em branco em algumas eleições. Considero que o voto em branco é o verdadeiro sinal de protesto face às candidaturas apresentadas e tem total legitimidade. A abstenção pode ser um caminho perigoso, porque é um voltar de costas ao sistema democrático e à possibilidade de participar no processo de decisão sobre quem nos governa, seja no país, nas autarquias ou na presidência da república. Votar é um direito mas também um dever.

Kamikaze (L.P.) disse...

Subscrevo na íntegra, JCP. Mas nem o meu filho, que se abstém militantemente, consegui ainda convencer...