27 janeiro 2005

"Terroristas" de primeira...

Quatro súbditos de Sua Majestade que se encontravam detidos em Guantanamo há cerca de três anos, foram repatriados para o Reino Unido e, depois de ouvidos pelas autoridades anti-terrorismo, foram imediatamente libertados. Já em Março de 2004 tinha acontecido o mesmo com 5 outros britânicos, detidos durante mais de dois anos na mesma base naval americana. Foram, assim, libertados todos os cidadãos britânicos encarcerados em Guantanamo ao abrigo do Patriotic Act, o que resultou de demoradas negociações entre os governos americano e britânico.
Para além do muito que já se escreveu sobre esta temática, que a história se encarregará de classificar e lembrar (como, passados 60 anos, se lembra hoje a libertação de Auschwitz), e para além da evidência, cada vez mais clara, da diferença de entendimento na América e na Europa sobre o que é o Estado de Direito, coloco apenas uma singela questão:
Apesar da inexistência de provas de participação em actividades terroristas (caso contrário não teriam sido libertados) onde estariam ainda hoje aqueles 9 indivíduos se a sua nacionalidade não fosse a britânica?

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