É fatídico: a esquerda "não PCP", sempre que se aproximam eleições, debate-se, por dentro e por fora, sobre se deve votar no PS ou no Bloco de Esquerda e angustia-se com a dúvida até à hora de colocar a cruz no quadrado respectivo. Acontece, agora, quando a alternativa é Pedro Santana Lopes-Paulo Portas, como sempre aconteceu, mesmo quando havia alternativas sustentadas por pessoas que, independentemente do posicionamento partidário, eram reconhecidamente competentes e capazes de empurrar o país para a frente.
Eu sei que, à direita, também há quem viva o dilema de escolher entre Santana Lopes e Paulo Portas. E que nem sequer equaciona a hipótese de votar à esquerda, mesmo quando admita que, votando à esquerda, estaria a contribuir para melhorar o país.
Qualquer das posições é criticável. Não creio que estejamos em tempo de ser sectários. Estamos em tempo de olhar para o país e querer seguir em frente. Com os melhores. Sejam de esquerda ou de direita. Vivemos num tempo em que é a sobrevivência do país que está em causa - é a nossa sobrevivência que está em causa.
Honestamente - repito - não vejo que Sócrates seja melhor do que Santana. Sócrates tem tiques de intolerância e de crispação que me incomodam, como me incomoda o desnorte inconsequente de Santana. E também não vejo o que podem as figuras do Bloco de Esquerda acrescentar a todos nós... Dizem umas coisas que aparentemente fazem sentido, mas que só podem fazer sentido quando se é, por natureza, anti-poder.
Com a idade que tenho, discuto muitas vezes comigo se sou de esquerda ou de direita. Nunca concluí nada que resolvesse a questão. Sou de esquerda muitas vezes e de direita algumas outras. Depende do que se equaciona. Depende dos protagonistas de cada momento.
Mas há uma coisa que eu sei: não sou faccioso. Já não vivemos no tempo de facciosismos. Não quero regressar ao tempo crispado e violento do pós-25 de Abril.
Ao longo dos tempos, nunca votei igual, votei à esquerda e à direita, em eleições locais, nas legislativas e nas europeias, sempre a pensar no que seria melhor para a autarquia ou no que seria melhor para o país. E sempre na defesa da democracia.
Tal como já aqui disse, sou um potencial abstencionista nas próximas eleições. Tenciono manter-me assim. Só espero que a esquerda não me "obrigue" a ir votar para combater o facciosismo...
Eu sei que, à direita, também há quem viva o dilema de escolher entre Santana Lopes e Paulo Portas. E que nem sequer equaciona a hipótese de votar à esquerda, mesmo quando admita que, votando à esquerda, estaria a contribuir para melhorar o país.
Qualquer das posições é criticável. Não creio que estejamos em tempo de ser sectários. Estamos em tempo de olhar para o país e querer seguir em frente. Com os melhores. Sejam de esquerda ou de direita. Vivemos num tempo em que é a sobrevivência do país que está em causa - é a nossa sobrevivência que está em causa.
Honestamente - repito - não vejo que Sócrates seja melhor do que Santana. Sócrates tem tiques de intolerância e de crispação que me incomodam, como me incomoda o desnorte inconsequente de Santana. E também não vejo o que podem as figuras do Bloco de Esquerda acrescentar a todos nós... Dizem umas coisas que aparentemente fazem sentido, mas que só podem fazer sentido quando se é, por natureza, anti-poder.
Com a idade que tenho, discuto muitas vezes comigo se sou de esquerda ou de direita. Nunca concluí nada que resolvesse a questão. Sou de esquerda muitas vezes e de direita algumas outras. Depende do que se equaciona. Depende dos protagonistas de cada momento.
Mas há uma coisa que eu sei: não sou faccioso. Já não vivemos no tempo de facciosismos. Não quero regressar ao tempo crispado e violento do pós-25 de Abril.
Ao longo dos tempos, nunca votei igual, votei à esquerda e à direita, em eleições locais, nas legislativas e nas europeias, sempre a pensar no que seria melhor para a autarquia ou no que seria melhor para o país. E sempre na defesa da democracia.
Tal como já aqui disse, sou um potencial abstencionista nas próximas eleições. Tenciono manter-me assim. Só espero que a esquerda não me "obrigue" a ir votar para combater o facciosismo...
3 comentários:
Utopia: um governo com os melhores da área do PS e os melhores da área do PSD, sem que isso decorrese de uma qualquer coligação eleitoral nem resultasse de menosprezo pelas ideologias, que não acredito em governos de tecnocratas...
Acho que estamos a delirar, ou a sonhar acordados, whatever. Deve estar na hora de irmos dormir... :)
Vamos a isso, então! E...bons sonhos! :)
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