Como provavelmente já se percebeu, eu tenho resistido a comentar a disputa entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes na corrida pela liderança do PSD. A minha omissão não tem nada a ver com cálculos políticos - não estou para aí virado -, mas por uma questão de decoro. O mesmo decoro que me obriga a manter o silêncio para o futuro, ainda que, eventualmente, possa ir ao Congresso de Pombal. O mais que posso dizer é que, pessoalmente, gosto dos dois, por muito que, a ambos, possa apontar algumas falhas quando precisei do seu apoio.
Apesar de ter trabalhado com os dois, convém esclarecer que não devo nada a qualquer deles - pessoas que me foram próximas não podem dizer o mesmo, mas isso não vem a propósito -, a não ser a possibilidade que tive de conhecer "o outro lado" da política.
Mas há coisas que me doem: há pessoas que sempre viveram às costas de Menezes que, agora, falam na sua "postura errática", pessoas que nunca teriam passado do anonimato e da mediania de onde nunca deveriam ter saído, porque mais não merecem, e que apoiam Marques Mendes porque pressentem que é por ele que passa o poder...
Não tenho nada contra as pessoas que apoiam Marques Mendes. Obviamente. O que me incomoda são as "toupeiras"...
23 março 2005
Mendes vs Menezes
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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2 comentários:
No decurso deste confronto, o que mais se destaca é o parente desinteresse com que o país assiste à luta pela liderança no principal partido da oposição.
Muito longe do que aconteceu com a disputa entre Sócrates e Alegre no PS.
O PSD está muito voltado para o seu umbigo e não está a conseguir capitalizar esta eleição fora do aparelho.
Sinal dos tempos ou da falta de "chama" dos candidatos a líderes?
Ambos, penso eu de que. Os tempos do estado de graça do PS e, sem dúvida, a pouca "graça" dos candidatos.
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