A Igreja Católica tem novo Papa que para si escolheu o nome de Bento XVI.
O Cardeal eleito era o sucessor natural de João Paulo II, de quem foi general durante todo o seu pontificado, agora muito elogiado. Mas, de repente, ouvindo os comentários, parece que afinal os méritos em João Paulo II serão defeitos em Bento XVI!
O Papa não é mais do que o Bispo de Roma e, como sucessor de Pedro, responsável pela unidade das Igrejas e pela confirmação dos irmãos na Fé. Compete-lhe velar pela integridade do depósito da Fé. E para essa função ninguém melhor do que quem exerceu a função nos últimos 20 anos.
A lógica da Igreja não é a lógica do mundo. A Igreja não tem que seguir as modas do Mundo, nem do momento. À Igreja compete fazer a proposta do caminho que em Jesus Cristo nos é revelado; à Igreja compete ler os sinais do Mundo e anunciar o Evangelho.
Se me perguntassem a mim quem eu escolheria, teria provavelmente outra opinião. Mas essa não é a minha função na Igreja e por isso resta-me respeitar a escolha de quem tem essa competência.
Como católico, nada tenho contra Bento XVI. E as críticas que lhe fazem enquanto Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé são muito injustas. A sua função era difícil, mas cumpriu-a conforme as instruções de João Paulo II. E a constante menção à Inquisição é uma idiotice, porque não é historicamente correcta. Todas as organizações têm o direito de verificar a ortodoxia de quem ensina em seu nome. Na Igreja está quem comunga da mesma Fé. E só pertence à Igreja quem quer!
Espero que este novo pontificado aprofunde algumas das tarefas de João Paulo II, designadamente na união das Igrejas, no diálogo inter-religioso e na promoção da paz e da liberdade, sem esquecer toda a acção a favor dos pobres e oprimidos do mundo. E se possível abra novos horizontes.
20 abril 2005
Bento XVI
Marcadores: mocho atento
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Ver aqui e aqui a opinião do Manuel da Grande Loja do Queijo Limiano (e comenentários).
Enviar um comentário