06 maio 2005

O CONTROLO DA ÁGUA

Estou de novo preocupada relativamente ao futuro da gestão da água em Portugal. Fiquei com a esperança que o novo governo invertesse o rumo da privatização da água pública. O discurso de Sócrates, várias vezes repetido, era o de reforço do serviço público nos domínios em que a prestação de um serviço, por entidades públicas, representasse a resposta a necessidades essenciais, como é o caso da saúde. E como é o caso da água.

Podemos viver sem muita coisa, mas sem água nem sequer podemos sobreviver.

A água é um recurso escasso, com tendência a ser muito escasso. Sempre existiram guerras pela posse da água. Essa é uma realidade também actual e que será uma questão central num futuro não muito longínquo.

Como se pode pensar e pior, colocar em marcha, um projecto que leve à privatização da gestão da água em Portugal, quando, felizmente, nem as directivas comunitárias a isso obrigam?

A vontade do lucro não pode ser motivação numa situação como esta. O liberalismo pode sugar muita coisa, mas não se deve saciar com a água que a todos pertence. A dureza da expressão retrata o nível da minha preocupação.

Não podemos, não devemos, ficar indiferente a esta questão que é essencial.

Nas minhas buscas na net sobre este assunto encontrei o seguinte site, que aconselho a consulta, nomeadamente na página que passo a indicar:

http://aguapublica.no.sapo.pt/lqa/extr_pdl.htm

Neste site têm igualmente um abaixo-assinado, vejam-no e se concordarem subscrevam-no. Página:


http://aguapublica.no.sapo.pt/abx.htm


Obrigada por nós todos
E já agora, os nossos filhos também agradecem.

2 comentários:

Kamikaze (L.P.) disse...

Obrigada por nos trazer este tema tão actual e importante. Para já (mas não é já, é mais logo), vou ler os sites que refere. Espero que quem esteja mais a par do que eu desta longa saga nos possa dar aqui pistas paraa melhor percebermos o que se tem vindo a passar, pelo menos desde os tempos do governo Barroso.

M.C.R. disse...

Alguém num texto sobre a água dizia que no nosso país, de clima mediterrãnico, havia algumas coisas a fazer depressa.
1 criar grandes represas que armazenassem água
2 criar canais de trasfega de uma para outra região, como era o falecido projecto do Coa que foi ao fundo por via dos desenhos neolíticos e da estúpida camanha a que deram azo
3 lançar uma grande obra de reparação das condutas de água onde se perde mais de 50% da água antes de chegar aos consumidores
4 incentivar o uso de economizadores de água nos diferentes sectores domésticos

Seria boa ideia ir exigindo medidas deste teor para ver se não teremos ainda de nos lavar com cinza.
mcr