Com a blogosfera, a dimensão da “espiral do silêncio” ficou menor. O INCURSÕES deu e continua a dar, para isso, a sua contribuição. Sem “anónimos” e com os pseudónimos a serem cada vez mais meras figuras de estilo, tem homenageado o exercício do dever cívico da liberdade de expressão, mesmo quando os temas são melindrosos para quem participa nos debates.
Menos irritadiço do que o seu falecido irmão mais velho CORDOEIROS, fez um ano, já teve o sarampo e a varicela e resistiu a uma virose cerebral que fez temer pelo seu passamento.
Porque blog tem idade de cão, já tem voz grossa e até já morde. E foi precoce a ter filhos, uns com maior e outros com menor sucesso como quase sempre acontece, que sabem ter aqui a sua casa-abrigo.
Está a ficar crescidinho, na idade adolescente de querer ser intelectual.
Vive do reboliço das palavras e de quem, persistentemente, lhe garante uma folha branca, de adequada textura, todos os dias.
18 maio 2005
Vive do reboliço das palavras
Marcadores: Rui do Carmo
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3 comentários:
A propósito,Rui do Carmo:
"O que eu vi, sempre, é que toda acção principia mesmo é por uma palavra pensada. Palavra pegante, dada ou guardade que vai rompendo rumo"
Guimarães Rosa
in: J. Grande Sertão: veredas.
Gostei de ler o seu texto. E concordo com você.
Abraços,
Silvia
Bem dito e bem pensado! Para um novato como eu, para quem os blogues eram um absoluto mistério, isto tem sido uma bela surpresa. Não é só a indiscutível dimensão cidadã e democrática mas também essa outra, por vezes tão postergada, do prazer de comunicar e de descobrir.
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