Hoje estive no Tribunal para ser testemunha. A inquirição foi realizada nno gabinete do Senhor Juiz, minúsculo espaço onde mal cabem os intervenientes na diligência. Entrei com o advogado, cumprimentei o Meritíssimo e sentei-me. Que vergonha! Foi preciso a Senhora Funcionária chamar-me a atenção de que tinha de aguardar de pé para a identificação e juramento. Fiquei embaraçado, mas, na verdade, esqueci-me de que era testemunha. Falta de prática!
06 junho 2005
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4 comentários:
Deixe-me dizer, caro Mocho que a vergonha não devia ser sua ou pelo menos também deveria ser repartida pelo juiz e pelos serviços e pelo sistema do ministério da Justiça que obriga a que diligências desse género se façam em gabinetes de trabalho dos residentes.
É prática comum e usual que as pessoas que participam em tais diligências tenham que aguentar a pé, longos minutos, numa posição desconfortável, com os papéis na mão; sem poder escrever e a ouvir respeitosamente alguém que está sentado, atrás de uma mesa e que à força do hábito ganhou a confiança suficiente para achar tudo isso o mais natrual e normal do mundo...judiciário.
É uma situação rara?!
Não! Não é. Aposto que é até a mais frequente e sempre foi desde há longos anos para cá.
AS férias é que são o problema, como toda a gente sabe...
odeio julgamentos nos gabinetes. dou-me mal com papeis e muito mais quando os tenho em cima do joelho...
Eu também estarei esta semana por essas bandas a falar numa qualidade processual que, não vá o diabo tecê-las, não irei revelar. CErto é que a notificação fala que vou falar nessa tal qualidade sobre um número. Ora, sobre este senhor, não sei nada mas, mesmo assim, vou lá.
Um abraço
Carlos Rodrigues Lima
Quando eu andava nessa má vida (de advogado, claro, de adovogado, senhores magistrados) sucedeu-me ir várias vezes ao gabinete de um juiz do Tribunal do trabalho que punha um pistolão em cima da mesa e perguntava inocentemente aos advogados se não queriam fazer um acordozito...
Mais seriamente: porque é que a testemunha há-de estar de pé?
ainda seriamente: nunca percebi a razão dos senhores magistrados (jiuizes e procuradores) se sujeitarem a uns gabinetes miseráveis, desconfortáveis, às vezes repartidosa por dois ou três juristas que, julgo, só ganhariam em estar sós e confortavelmente instalados... Até no Supremo vi gabinetes miseráveis! Nunca vi, nem ouvi, protestar contra isso mas se me disserem que sim acredito...
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