25 junho 2005

Justiça popular

In jn.sapo.pt (25.06.2005):

“Um jovem de 19 anos foi hoje hospitalizado, depois de ter sido agredido no Carvalhal por um grupo de cerca de duas dezenas de indivíduos que o acusavam de ter furtado utensílios de pesca.
Fonte do comando geral da Guarda Nacional Republicana (GNR) disse que ocorreu "uma rixa entre alguns residentes do Carvalhal e 16 residentes da Costa da Caparica que se dedicam à apanha da conquilha". Da rixa, segundo a mesma fonte, resultou um ferido grave que foi transportado para o Hospital Garcia de Orta.
A fonte oficial da GNR confirmou que a rixa terá sido causada pelo alegado furto de um utensílio de pesca - "arrastão" (ganchorra).
Contactado pela Lusa, o capitão Caeiro, da GNR de Grândola, limitou-se a confirmar a ocorrência de "uma rixa", de que resultou "um ferido transportado para o hospital Garcia de Orta", escusando-se a revelar mais pormenores do incidente.
O capitão Caeiro, da GNR de Grândola disse, também, que foram identificados 16 indivíduos e que não foi feita qualquer detenção. “

Estas notícias começam a ser frequentes. E reflectem o sentimento social de que a Justiça não funciona, porque “não vale a pena fazer queixa”, “o ladrão safa-se sempre”, etc… É preciso criar mecanismos que reforcem a confiança no sistema legal e judiciário, para que ninguém seja tentado a recorrer à justiça privada, regressando à barbárie. E a resposta social não pode apenas ser a de condenar os “agressores” populares, acusando-os do “crime de terrorismo”.

Há muito caminho a fazer!

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