uma irmã.
pele e sangue cerzidos
numa trama de seda crua.
uma irmã.
ubíqua bússola
das consoantes das sílabas.
uma irmã.
por quem resigno à geritura
para ocultar o incesto.
uma irmã que me visita
na asa tremente do nariz.
27 julho 2005
DESPEDIDA
Marcadores: Rui do Carmo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
o irmão ou irmã ubiqua bússula é um camarada de luta. Não só nos irmana no mesmo sonho, como gera confiança na missão.
Avante camarada ou irmão!
Compadre: a sua é uma interpretação possível e que me agrada! Contudo o título parece desajustado... em todo o caso, ainda bem que os bons poemas não são unívocos!
Rui: bem hajas pelo regresso!
O poema é uma obra aberta. A minha interpretação é um acrescento e não uma tradução, carissima Amiga.
O Rui do Carmo pertence a uma geração de poetas, como o Zé Vigário. E quem faz poemas consegue fazer com que a sua vida não adormeça
Gostei do poema. Obrigada por trazê-lo.
Abraços,
Silvia
Enviar um comentário