28 julho 2005

E não se pode desmaterializá-lo?

Da entrevista do Ministro da Justiça ao Correio da Manhã de hoje:

C.M."– Não vamos correr o risco de termos os tribunais a trabalhar, mas sem gente lá dentro?

A.B.C.– A lei prevê mecanismos de substituição para os casos em que não há juiz – por uma razão ou por outra, justificada – que incluem ou outros juízes ou pessoas idóneas licenciadas em Direito, designadas pelo Conselho Superior da Magistratura. O sistema está equipado para dar resposta a essas situações que serão detectadas com antecedência."
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Do comentário de F.B.C. no Ciberjus:

"A comunidade judiciária aguarda com expectativa as soluções que o projecto ministerial oferece relativamente às objecções já conhecidas.
Pelo que diz o Correio da Manhã vislumbra-se já uma medida de grande alcance: os magistrados em férias poderão ser substituídos por licenciados em Direito não magistrados, o que irá necessariamente baixar a taxa de desemprego dos Juristas e elevar substancialmente o nível da justiça administrada nessas condições - o princípio do Juiz natural sai um nadinha chamuscado, mas provavelmente é um princípio caduco que terá que ser revisto à luz da modernidade."
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Apetece relembrar este já célebre desabafo: "saiu-nos a fava!" E perguntar, parafrasenado este post : Não se poderá desmaterializá-lo?

2 comentários:

Carvalho Negro disse...

Sempre admirei quem "sabia" o que estava a fazer...

Gomez disse...

Alguma alma caridosa deveria recordar a ABC que quando se está no fundo de um buraco, do qual não se consegue sair, não adianta continuar a cavar...