...
A Tânia Laranjo, em comentário ao último postal de Rui do Carmo, fala sobre o encerramento de "O Comércio do Porto" e da "A Capital". Sobre "A Capital" sei pouco. Sobre o Comércio sei muito, faço parte da história daquele jornal, como amavelmente reconheceu o Jorge Fiel em crónica no Público de sábado. Por isso, não pude evitar as lágrimas quando me garantiram que a suspensão era irreversível.
.
Como disse no depoimento que o jornal me pediu para o último número, aprendi mais no jornal do que na faculdade. Foi lá que cresci, que aprendi com os meus erros de jovem repórter. Foi lá que aprendi a prezar muitas pessoas e a desprezar absolutamente algumas outras que fui conhecendo na procura das notícias.
.
Na sexta-feira passada, ainda me senti tentado a ir ao jornal ajudar a fazer o último número. Só para sentir o cheiro da redacção e para manifestar a minha solidariedade com os que ficaram sem emprego e com os que ficaram sem jornal, como o meu pai, leitor há mais de cinquenta anos e que também chorou. Acabei por não ir. Afinal, se fosse, talvez a situação ainda me deixasse mais triste.
.
Nos depoimentos de sexta-feira, onde todos eram importantes excepto eu, não pude deixar de ser crítico e um tanto azedo. Havia gente de mais a falar do Comércio que os pais liam, que os avós liam e tão poucos que falavam do jornal que ainda lêem. Pois é: foi esse o grande drama do Comércio. Apesar de preencher um espaço importante na informação regional, as pessoas já não estavam habituadas a ler o Comércio. Por isso é que, apesar de todos os esforços do Rogério Gomes e da sua redacção, o jornal não descolava nas vendas. Nisso estou à vontade: eu comprava o jornal todos os dias e fazia mais: tantas vezes, discretamente, passei o jornal para cima nos quisoques para que ficasse mais visível.
.
Se os que lamentam o fim do Comércio se tivesem lembrado de o comprar todos os dias, ele não teria sido suspenso.
A Tânia Laranjo, em comentário ao último postal de Rui do Carmo, fala sobre o encerramento de "O Comércio do Porto" e da "A Capital". Sobre "A Capital" sei pouco. Sobre o Comércio sei muito, faço parte da história daquele jornal, como amavelmente reconheceu o Jorge Fiel em crónica no Público de sábado. Por isso, não pude evitar as lágrimas quando me garantiram que a suspensão era irreversível.
.
Como disse no depoimento que o jornal me pediu para o último número, aprendi mais no jornal do que na faculdade. Foi lá que cresci, que aprendi com os meus erros de jovem repórter. Foi lá que aprendi a prezar muitas pessoas e a desprezar absolutamente algumas outras que fui conhecendo na procura das notícias.
.
Na sexta-feira passada, ainda me senti tentado a ir ao jornal ajudar a fazer o último número. Só para sentir o cheiro da redacção e para manifestar a minha solidariedade com os que ficaram sem emprego e com os que ficaram sem jornal, como o meu pai, leitor há mais de cinquenta anos e que também chorou. Acabei por não ir. Afinal, se fosse, talvez a situação ainda me deixasse mais triste.
.
Nos depoimentos de sexta-feira, onde todos eram importantes excepto eu, não pude deixar de ser crítico e um tanto azedo. Havia gente de mais a falar do Comércio que os pais liam, que os avós liam e tão poucos que falavam do jornal que ainda lêem. Pois é: foi esse o grande drama do Comércio. Apesar de preencher um espaço importante na informação regional, as pessoas já não estavam habituadas a ler o Comércio. Por isso é que, apesar de todos os esforços do Rogério Gomes e da sua redacção, o jornal não descolava nas vendas. Nisso estou à vontade: eu comprava o jornal todos os dias e fazia mais: tantas vezes, discretamente, passei o jornal para cima nos quisoques para que ficasse mais visível.
.
Se os que lamentam o fim do Comércio se tivesem lembrado de o comprar todos os dias, ele não teria sido suspenso.
Sem comentários:
Enviar um comentário