25 outubro 2005

aviso

Os cidadãos leitores deste blogue e que se revêem na candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República deverão consultar quanto antes o site www.manuelalegre.com
Está lá tudo o que para já é necessário e fundamentalmente o modelo de proposta do candidato. São precisas assinaturas que aqui é tudo paisanos, sem estrutura partidária de apoio. Brevemente, aproveitando a boa vontade dos bloggers incursionistas darei mais notícias.

7 comentários:

Primo de Amarante disse...

Eu, como já subscrevi um pedido para consagrar a Senhora de Fátima rainha de Portugal, posso subscrever a candidatura de Manuel Alegre. Ainda por cima é poeta, nunca foi pastorino e não é virgem!

Primo de Amarante disse...

Há!... e ainda por cima é pescador e caçador. E ninguém o domina.

C.M. disse...

Caro Compadre Esteves, não havia necessidade de subscrever esse pedido; olhe que há já alguns seculozinhos, mais precisamente desde as Cortes de 1646, que Nossa Senhora é Padroeira de Portugal.

Senão vejamos:

Foi D. Nuno Álvares Pereira quem mandou edificar em Vila Viçosa a primeira Ermida, em toda a Península Ibérica, dedicada à Imaculada Conceição.

D. João IV proclamou Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Padroeira de Portugal.

Nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 declarou el-rei D. João IV que tomava a Virgem Nossa Senhora da Conceição por padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro.

Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus (vieram as “liberdades” com a I República e logo este culto foi proibido…certamente para maior desenvolvimento das gentes…).

D. João IV tornou permanente esta devoção à Virgem, a que os nossos Reis se acolheram em momentos críticos para a Pátria.

D. João I erigiu o Convento da Batalha a Nossa Senhora, tal como D. Nuno Alvares Pereira levantou a Santa Maria o Convento do Carmo.

Foi por provisão de 25 de Março do ano de 1646 que se mandou tomar por Padroeira do Reino Nossa Senhora da Conceição.

O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de Dezembro de 1854, pela bula Ineffabilis.

A instituição da Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI, sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma.

Em 8 de Dezembro de 1904, lançou-se em Lisboa, solenemente, a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao acto, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do País, sendo a mais antiga a da actual freguesia dos Anjos (Lisboa), que foi instituída em 1589.

Cumprimentos ao Incursões.

Delfim Lourenço mendes.

Primo de Amarante disse...

Obrigado pela sua lição. Depois do que me disse, até perdi a fé nos pastorinhos. Fico mais disponivel para o Manuel Alegre.

M.C.R. disse...

Prezado Delfim,

Acabo de traduzir um livro dedicado a "Maria" (é este o título) onde com proveito poderá V. completar os /fortes) conhecimentos que tem quanto a esta questão. O livro não é anti-católico e tem tido grande sucesso lá fora. Sairá brevemente na ASA.
Todavia, parece-me que o compadre se referia antes á celebração pagã das aparições de Fátima e ao uso que delas se tem feito.
Eu meto-me pouco nestes temas de fé porque sou o que se chama um agnóstico nato, o que, não sendo defeito, também não será virtude.
Todavia, e como saberá, o dogma da imaculada Conceição é posterior ao século V e a história do concílio, que o definiu, Efeso se não estou em erro é um tanto ou quanto atribulada. Mas isso vem tudo no livrinho que traduzi e que se lê sem fastio.
O Manuel Valente da Asa bem me pode pagar mais pela próxima tradução graças a esta publicidade.
Cumprimentos
PS: para sua inveja, acabo de aumentar a minha biblioteca moçambican com mais estes livros: Maputo, antes da independência (Mª C. Mendes)
Aspectos de Moçambique; história do presídio de Lourenço Marques , 1 e 2; Aspectos de Moçambique (4 estudos) e monogafia da ilha de Moçambique todos de AlexandreLobato.
Ora tome!

C.M. disse...

Ao Compadre Esteves, só não queria que tivesse sido enganado...

Então mas não achou a história tão linda, tão romântica?! Ai ai estes republicanos e laicos....

Agora mais a sério, olhe que o Manuel Alegre, um dia, que espero seja muito muito distante, quando partir, não é ele que o vai acolher...Um abraço!


Relativamente ao meu caro MCR, pois cá fico à espera do livro de que fala...vamos lá a ver essa tradução (só pode ser óptima...).

Pois é verdade: vou ficar cheio de inveja, a pensar nesses livros todos que adquiriu; ai a Maria Mendes...tenho de os procurar...se os encontrar...

Olhe,a propósito: o Costa Pinto (Portugal Contemporâneo) já o adquiri; trata-se, de facto, de um conjunto de textos, de diversos autores. Com artigos excelentes, concorde-se ou não com os mesmos.
(Este Costa Pinto agora aparece sempre na TV; dá-me a impressão de que ele deve ser daqueles que usa avental...

Um Abraço daqui de Lisboa.

DLMendes

C.M. disse...

Caríssimo MCR,

Ainda gostaria de acrescentar que nada sabendo acerca do livro que traduziu, cá fico pois à espera dele, tanto mais que é um tema que me interessa sobremaneira.

Diz-me que não é um livro anticatólico. Ainda bem! Já chega o que por aí vai. Já reparou na gritaria que se levanta no mundo inteiro quando alguém critica o islamismo?
Do Cristianismo ninguém se dá ao trabalho de defendê-lo...

Já reparou que, por uma boa obra, bênçãos lhe cairão “em cima”?

Essa história de se ser agnóstico tem muito que se lhe diga! Um dia, subitamente, pode fazer-se luz!

Se, na nossa vida, no nosso pequeno quotidiano, cercados que estamos pelos cuidados do Mundo e dos seus pequenos interesses, nós atentássemos, a tempo, a Maravilha e o Mistério que é a existência de Deus, a Beleza que reveste Jesus e a Poesia que ilumina Sua Mãe, Maria Santíssima, a nossa história pessoal seria outra completamente diferente e; certamente, nunca chegaríamos a cair em determinados precipícios…

Com um muito sincero abraço deste pobre escriba.

Delfim Lourenço Mendes