08 outubro 2005

Por favor, um blues


2001
Uma entrevista da "nossa" Sílvia

para saborear enquanto esperamos pelo reagendamento do lançamento do seu livro, agora em data em que possa estar presente!

6 comentários:

Silvia Chueire disse...

Obrigada, Kamikaze, pela surpresa. : )
Esta é uma entrevista antiga, com uma fotografia ainda mais antiga ( de 99 ).Não é uma entrevista profissional e nem foram boas as respostas, mas dá uma idéia de que penso sobre algumas coisas.

Abraços,
Silvia

Silvia Chueire disse...

Só depois li os comentários no post sobre o (ex?)lançamento. E lá os respondi,

Abraços,
Silvia

C.M. disse...

No decorrer de seis anos, apenas pode ter melhorado - a Autora e a sua poesia...

Já me tinha esquecido da poesia que falava do mistério dos corpos entrelaçados...

Esta Autora fêz-me lembrar uns escritos que há muitos anos eu elaborei, com a magia própria de uma certa idade...se arranjar coragem, ainda coloco um ou outro num "post"...

C.M. disse...

Pois bem, aqui vai um, quando eu estive mergulhado num longo inverno...
Peço antecipadamente desculpa pelo dislate...

Já não acredito na Poesia
No seu poder de colorir os meus dias de céu cinzento

Já não acredito na Poesia
Quando ela com gestos mágicos me desenha horizontes de verde
E castanhos de Outono


Já não acredito na Poesia
Quando ela com os seus lábios carnudos me fala de mansinho
Tentando iludir-me
Dizendo-me que a estrada é longa
e a luz da redenção ao alcance dos dedos da mão

Não acredito na Poesia
Não acredito que a luz que ela diz possuir no seu ventre
Possa alumiar os trôpegos passos que ainda dou

Os pés cansados
A alma morta
Morta pelos homens que a têm trespassado
Todos eles carrascos da luz do mundo

Do mundo onde não tenho lugar

Apenas acredito na Poesia
Quando ela se veste de inverno
O eterno Inverno que veio habitar em mim

Se os meus pés ainda me conduzem pela estrada desolada
Deve ser Deus que os faz ainda caminhar

Só Ele sabe para onde...



Telheiras, 05 Janeiro 2001

Delfim

Silvia Chueire disse...

Ora, sr. Delfim. Nenhum dislate .

Uma profissão de fé na Poesia, encoberta pela denegação. Aí está, outra surpresa. : )

Abraços,
Silvia Chueire

C.M. disse...

Caríssima Silvia Chueire, nesta manhã, ao chegar ao meu gabinete, abri o nosso Incursões e, ao percorrê-lo, deparei com as suas amáveis palavras. Já vejo que é uma excelente intérprete da Alma...
Beijos deste (recente) apaixonado pela sua Poesia...
Delfim