sentes a música suave da chuva
na noite deserta,
o arrepio da vida atravessando
um corpo de pensamentos
e pele,
elevados pela tua humanidade.
a mesma que, pequena,
confronta-te com a morte
todos os dias.
no entanto cantas a melodia
que chove lá fora.
é este o momento,
sempre apenas este.
silvia chueire
22 novembro 2005
da chuva
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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2 comentários:
Sílvia:
ao ler o poema pensei, não sei exactamente porquê em Rilke, um daqueles poetas que me acompanha destes os anos do liceu. Fui mesmo buscar o livro, um de três volumes de traduções de poetas alemães, último legado de um grande intelectual que se chamou Paulo Quintela mas não encomntrei o que queria. De todo o modo, hã na melodia que chove no poema um eco, um aceno uma respiração que me recorda Rilke.
só por isso (mas há mais, claro...) já me apetecia agradecer. Um abraço por sobre o tanto mar
Ora, Rilke, caro MCR, infinitamente mais do que mereço. : )
Quando encontrar o que procurava não se esqueça de me dizer.
Enquanto isso, claro, sou eu quem agradece.
Abraço,
Silvia
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