15 janeiro 2006

Ainda não percebi

Atentas as preocupações que me embotaram o espírito este fim-de-semana (post mais abaixo), confesso que, apesar do que li, ainda não percebi a questão do registo das chamadas telefónicas. Nem sei se irei perceber alguma vez.

6 comentários:

josé disse...

E muitíssimo bem explicado, de facto. Parabéns.

Primo de Amarante disse...

Essa explicação já estava implicita nas noticias, mas a questão é de estar no processo (incoberta ou não) uma informação que não podia lá estar. E este erro é preciso evitar. Estou convencido que, em termos de responsabilidades, o inquérito não vai dar nada, mas tem de ser feita qualquer coisa para se evitar isto no futuro. Sobre isto, a instituição tem de pensar e é urgente que pense e proponha medidas, em vez de assobiar para o lado.

o sibilo da serpente disse...

Ora aí está uma expplicação. Haverá outras? Creio ter ouvido na rádio, logo pela manhã, que o MP terá aberto as disquetes com ajuda de técnicos informáticos. Ouvi bem? Terá sido assim? Continuo sem perceber. E à espera de mais explicações de quem sabe, naturalmente.

Primo de Amarante disse...

E agora, o DD noticia o seguinte:

"O advogado Ricardo Sá Fernandes declarou à saída da 131ª sessão do julgamento do processo de pedofilia da Casa Pia:
«Vamos requerer que seja esclarecido tudo o que está dentro de todas as disquetes porque ainda não sei se no envelope 11, no 14 ou no 22 não vai surgir outra informação surpreendente». Disse, ainda, que consultou as disquetes deste apenso V (Envelope 9) no princípio do ano passado com a ajuda de um técnico informático.
«Obtive a informação que me interessava, que era informação que tinha a ver com o cruzamento dos dados e que me permitia demonstrar que Carlos Cruz nunca tinha tido nenhuma relação (telefónica) com os outros arguidos nem com as alegadas vítimas. Neste aspecto, a matéria que está nesse apenso é importante».
Apesar da ajuda do técnico informático, Ricardo Sá Fernandes garantiu que, na altura, não se apercebeu «destes números que agora parece que constam dessas disquetes».

Entretanto, José António Barreiros, que lidera a equipa de advogados da Casa Pia, afirmou ser este «um caso que tem menos a ver com o processo» e mais «com a política em geral».

Dev disse...

http://www.smmp.pt/ ????????????

M.C.R. disse...

ainda se vai ver que não houve escutas nem há numeros. E já agora essa dos encriptamentos para advogado não ver é brincadeira, não é?
E quem garante que os encriptamentos não foram antes vasculhados por um polícia inocente, um magistrado desprevenido, um oficial de diligências diligente?
ETC., etc. ...
Meus amigos, desculpem lá: isto em qualquer país meramente civilizado (a Basutolandia, p. ex.) já tinha dado vinte demissões em cascata.