Permito-me relatar aqui dois episódios que podem ajudar a perceber melhor algumas coisas. Quer aos leigos da justiça, quer aos que o não são. Talvez, paradoxalmente, mais aos segundos:
1. No último fim-de-semana encontrei um respeitável e simpático magistrado judicial que até tem responsabilidades acrescidas no seio da classe e, daí, alguma visibilidade mediática. Foi uma conversa rápida. Disse-lhe: Então já viu esta história do envelope 9? Disse-me: Ó, isso é problema do Ministério Público.
Não era nem o sítio nem o momento para responder. Para dizer: Isto não é um problema do MP, é um problema da Justiça. Por isso, de todos nós.
2. Jantei hoje com um colega que me contou uma história (com reprodução pública autorizada) sobre uma amiga que é auditora. Bem preparada tecnicamente, está no momento de escolher se vai para o MP ou se para a magistratura judicial. A avaliar pelo estágio, a auditora gostou mais do papel do MP. Mas acha que vai alinhar pela judicial. A razão: acha que até os funcionários tratam melhor os juízes do que os procuradores e, ser juiz, tem mais importância social.
Não comentei. Nem vou comentar agora. Se calhar não vou comentar nunca.
17 janeiro 2006
Dois episódios, uma lição
Postado por o sibilo da serpente
Marcadores: carteiro (Coutinho Ribeiro)
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