Faleceu, hoje, na sua residência, na Pasteleira, Ilse Losa. Refugiou-se em Portugal em 1934, fugindo às perseguições nazis. Escreveu contos, sobretudo para crianças. Os motivos da sua obra encontram-se nas experiências da nazificação da Alemanha, sua Terra natal, e nas dificuldades de adaptação à sua pátria de exílio, Portugal. A sua obra foi publicada pelas editoras Afrontamento e ASA. Fazem parte da sua obra, O Mundo em Que Vivi (1949, volume de estreia), Histórias Quase Esquecidas (1950), Rio Sem Ponte (1952), Aqui Havia Uma Casa (1955), Sob Céus Estranhos (1962), Encontro no Outono (1965), Estas Searas (1984), Caminhos sem Destino (1991) e À Flor do Tempo (1997, Grande Prémio da Crónica de 1998).
Para crianças, escreveu A Flor Azul (1955), Na Quinta das Cerejeiras (1984, Prémio Calouste Gulbenkian), A Visita do Padrinho (1989) e Faísca Conta a Sua História (1994). Possui ainda uma obra de crónicas de viagem, Ida e Volta — À Procura de Babbitt (1959).
Em 1984, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu-lhe o Grande Prémio de Livros para Crianças, pelo conjunto da sua obra.
Era de uma ternura imensa para com os amigos. Foi professora na antiga Escola do Magistério Primário do Porto e tive a honra de ser aí seu colega e a partir daí seu amigo. O seu marido e a sua filha já tinham partido.
06 janeiro 2006
Ilse Lieblich Losa(1913)
Marcadores: Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
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1 comentário:
A Ilse e o Arménio eram muito lá de casa dos meus sogros. Ele era um verdadeiro arquitecto á antiga e deixou algumas obras notáveis pela cidade. A Ilse tinha imensa graça porque nunca conseguiu falr um português sem sotaque. No resto era uma portuguesa de corpo inteiro. E quando rapariga, pelas fotografias que vi, era uma bela mulher.
quanto á Margarida, a filha (há ainda outra ...) era uma criatura doce e determinada. O Anto e eu fomos amigos dela desde Coimbra. escreveu um livro de poemas "gracejos à solidão" que era uma interessante promessa. lutou denodadamente contra um cancro que a consumiu.
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