Houve tempo em que o “Direito ao Lugar” era uma figura tida como normal e certa. O saudoso Prof. Marcello Caetano afirmava nas suas Lições que “ O funcionário provido por nomeação vitalícia, ou por tempo indeterminado, adquire direito ao lugar, do qual não poderá ser privado senão em consequência de processo criminal ou disciplinar ".
Bem…hoje, ao fim de um dia particularmente difícil, em várias “frentes”, eis que me vejo “nomeado” e com direito a um lugar, não para os Óscares, mas sim para a Instância de retemperação denominada” Incursões” o que, convenhamos, é uma proeza muito mais difícil de realizar do que chegar à Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de HOLLYWOOD e aí arrebatar um Óscar, competindo com Annette’s Bening ou Clint’s Eastwood – confesso dois dos meus actores preferidos do lado de lá do Atlântico… (fraquezas…).
Resta-me esperar manter o lugar, numa época de precarização do trabalho, e não ser alvo de quaisquer processos sancionatórios em virtude de qualquer eventual oposição aos princípios fundamentais da Nação, perdão, do Incursões, ou porventura por não dar garantia de cooperar na realização dos fins superiores desta Instância.
Certezas não as terei mas… tenho cá as minhas suspeitas dos “culpados” desta minha nova “obrigação”…
Resta-me agradecer esta subida honra e não desmerecer da confiança depositada.
Delfim Lourenço Mendes, em Lisboa.
10 fevereiro 2006
“Direito ao Lugar”
Marcadores: Cabral Mendes
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9 comentários:
Bem-vindo, caríssimo Delfim LM. O sítio fica mais rico, sem dúvida.
Um abraço.
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Obrigado pelas amáveis palavras. Até estou um bocado nervoso...
Hoje também me enervei, aliás sem necessidade…sou demasiado humano…com toda a carga de defeitos fraquezas e dificuldades que esta expressão comporta…
Mea culpa: eu bem me esforço por ser “Bonum et aequum” (Bom e justo)…
Obrigada pela aceitaçao do convite e seja muito bem vindo!
Seja muito bem vindo!
O lugar assenta-lhe que nem uma luva.
Aproveito para lhe dizer que gosto muito de ler os seus textos.
Nem sempre concordo, mas aí reside a riqueza da partilha.
Caro Delfim: o meu amigo deveria ter o direito a umas sandálias de ouro e isso significar o valor da OPA lançado com a sua contratacção.
Um abraço.
Seja bem-vindo, caro Delfim. Julgo que dará um excelente contributo para a heterodoxia desta instância.
Seja muito bem vindo Delfim!
Era mesmo próprio o convite. : )
Abraços,
Silvia
Queridos Amigos, muito obrigado pelas vossas (imerecidas) palavras. Deixam-me penhorado e comovido.
Quanto ao Compadre e a questão das sandálias, não as mereço…umas sandálias assim como Santa Clara fez para São Francisco, essas é que seriam óptimas…mas sou tão pecador que não mereço tal Graça…
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