alto e pára o baile!
Eu bem sei que estamos em pleno carnaval e que o rifão diz "é carnaval ninguem leva a mal" mas francamente...
Em Guimarães, cidade a todos os títulos interessante, houve uma homenagem ao Zé Afonso. Como todos os sus antigos amigos, tal facto não só me alegra mas até me enche de orgulho. Que diabo, conheci-o muito bem, bebemos imensos cafés juntos, aqui e ali algums grades de cerveja, foi no "Mandarim" alí pela Praça da Republica (as más linguas diriam no Kremlin em plena Praça Vermelha) que o Jaime Magalhães Lima nos apresentou e logo nesse dia o Zeca tinha escrito os "meninos do Bairro Negro" de que teremos sido os primeiros comovidos leitores.
Sou do Zeca até morrer (como aliás também sou do meu querido colega Adriano -ah se eu soubesse pôr uma fotografia aqui o que vocês se ririam - do Sérgio irmão de leite da minha primeira mulher, do meu companheiro de casa ( a imortal Laura em frente à AAC) Zé Mário, dos estúrdios Salomés, todos em magote (belas noitadas em Lisboa nesses anos setentas e tais, Jesus, Jesus the scenes we have seen) e de mais dois ou três do mesmo calibre que ao longo da minha prolongada mocidade e desregrada vida fui conhecendo.
Para completar: gosto tanto do Zeca que até oiço os fadunchos coimbrões que ele cantou. em erntrando o zé sai a má vontade contra o "coimbrãaa memiiinaaa e móoooçaaa" que sempre me animou.
Agora que alguma gente também zecafonsista me venha gargarejar via "Público" (27 de Fevereiro, pag. 37 ) que este admirável cantor é "melhor do que os Beetles e só comparável a Bach" ( Zeca Afonso é o nosso Bach vociferou um cavalheiro de nome Alípio de Freitas, ex-padre e guerrilheiro, companheiro do Che Guevara" e não sei que mais coisas além de ser professor universitário).
Eu não sei das companhias do Che pelo que estou disposto a acreditar piamente que este cavalheiro tenha sido seu apóstolo. O facto de nunca lhe ter ouvido o nome não quer dizer nada. Nem isso importa. O que interessa aqui é a referencia ao João Sebastião porque longe de erguer o Zeca às alturas de Bach o apouca por ridícula e despropositada. Coitado do Zé Afonso, logo ele que era um tipo modesto! Mas culto, atenção!, se ouvisse alguem referir-se a si como Bach havia de ficar verde de raiva e vermelho de vergonha. Um pouco como a bandeira da ditosa pátria que produz alípios e que os deixa dizer coisas (como aquela famosa prima do Solnado que passou à imortalidade por dizer "pois". Coisa aliás bem mais inócua do que as palavra alipianas.).
O famoso padre Mário da Lixa também meteu a sua colherada e pelos vistos será mesmo o autor de uma nóvel palavra (burrifando em vez de borrifando como aconselha Afonso Praça no seu "novo dicionário do calão" ed. Notícias, Lisboa, 2001, p. 46).
Na sequencia desta linha burrificadora (apud ex-pároco da Lixa ou jornalista Alexandre Praça: eles que dividam os méritos desta descoberta burrificante...) terá havido também quem tenha defendido a grandeza afonsina face aos quatro de Liverpool. Terá sido um anónimo pelo que não o poderemos aqui nomear com grande tristeza nossa, como calcularão os leitores.
Dói ver a que pontos chega a tontice nacional. Eça ria-se de Pinheiro Chagas a quem chamou brigadeiro. Apetecia chamar a estes ínclitos seguidores do nacionalismo a outrance qualquer coisa. Mas brigadeiros nunca. Esta gente mesmo no duvidoso privilégio do assentar praça nunca passariam de cabo, 2º cabo para ser mais preciso. Não que não lhes corra nas veias o sangue dos vencedores da batalha de Ourique, nada disso: apenas porque a vis patriótica é absolutamente superior à capacidade cerebrante de que terão durante um par de dias dado mostras em Guimarães.
Falei por aí em censura. Às vezes quase que sinto saudades dela.
Em Guimarães, cidade a todos os títulos interessante, houve uma homenagem ao Zé Afonso. Como todos os sus antigos amigos, tal facto não só me alegra mas até me enche de orgulho. Que diabo, conheci-o muito bem, bebemos imensos cafés juntos, aqui e ali algums grades de cerveja, foi no "Mandarim" alí pela Praça da Republica (as más linguas diriam no Kremlin em plena Praça Vermelha) que o Jaime Magalhães Lima nos apresentou e logo nesse dia o Zeca tinha escrito os "meninos do Bairro Negro" de que teremos sido os primeiros comovidos leitores.
Sou do Zeca até morrer (como aliás também sou do meu querido colega Adriano -ah se eu soubesse pôr uma fotografia aqui o que vocês se ririam - do Sérgio irmão de leite da minha primeira mulher, do meu companheiro de casa ( a imortal Laura em frente à AAC) Zé Mário, dos estúrdios Salomés, todos em magote (belas noitadas em Lisboa nesses anos setentas e tais, Jesus, Jesus the scenes we have seen) e de mais dois ou três do mesmo calibre que ao longo da minha prolongada mocidade e desregrada vida fui conhecendo.
Para completar: gosto tanto do Zeca que até oiço os fadunchos coimbrões que ele cantou. em erntrando o zé sai a má vontade contra o "coimbrãaa memiiinaaa e móoooçaaa" que sempre me animou.
Agora que alguma gente também zecafonsista me venha gargarejar via "Público" (27 de Fevereiro, pag. 37 ) que este admirável cantor é "melhor do que os Beetles e só comparável a Bach" ( Zeca Afonso é o nosso Bach vociferou um cavalheiro de nome Alípio de Freitas, ex-padre e guerrilheiro, companheiro do Che Guevara" e não sei que mais coisas além de ser professor universitário).
Eu não sei das companhias do Che pelo que estou disposto a acreditar piamente que este cavalheiro tenha sido seu apóstolo. O facto de nunca lhe ter ouvido o nome não quer dizer nada. Nem isso importa. O que interessa aqui é a referencia ao João Sebastião porque longe de erguer o Zeca às alturas de Bach o apouca por ridícula e despropositada. Coitado do Zé Afonso, logo ele que era um tipo modesto! Mas culto, atenção!, se ouvisse alguem referir-se a si como Bach havia de ficar verde de raiva e vermelho de vergonha. Um pouco como a bandeira da ditosa pátria que produz alípios e que os deixa dizer coisas (como aquela famosa prima do Solnado que passou à imortalidade por dizer "pois". Coisa aliás bem mais inócua do que as palavra alipianas.).
O famoso padre Mário da Lixa também meteu a sua colherada e pelos vistos será mesmo o autor de uma nóvel palavra (burrifando em vez de borrifando como aconselha Afonso Praça no seu "novo dicionário do calão" ed. Notícias, Lisboa, 2001, p. 46).
Na sequencia desta linha burrificadora (apud ex-pároco da Lixa ou jornalista Alexandre Praça: eles que dividam os méritos desta descoberta burrificante...) terá havido também quem tenha defendido a grandeza afonsina face aos quatro de Liverpool. Terá sido um anónimo pelo que não o poderemos aqui nomear com grande tristeza nossa, como calcularão os leitores.
Dói ver a que pontos chega a tontice nacional. Eça ria-se de Pinheiro Chagas a quem chamou brigadeiro. Apetecia chamar a estes ínclitos seguidores do nacionalismo a outrance qualquer coisa. Mas brigadeiros nunca. Esta gente mesmo no duvidoso privilégio do assentar praça nunca passariam de cabo, 2º cabo para ser mais preciso. Não que não lhes corra nas veias o sangue dos vencedores da batalha de Ourique, nada disso: apenas porque a vis patriótica é absolutamente superior à capacidade cerebrante de que terão durante um par de dias dado mostras em Guimarães.
Falei por aí em censura. Às vezes quase que sinto saudades dela.
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