Como aqui já disse, na noite passada não tinha nem TV nem internet. Não vi, por isso, o
Prós e Contras
na RTP. Sobre questões fundamentais da comunicação social. Na noite passada, online, telefonaram-me para me dizerem que o Dr. Artur Costa estava em dificuldades. É natural. As coisa na TV não são fáceis (contem desde logo com mais 4 quilos de peso e com olheiras visíveis e, sobretudo, com a atribulação de se ir desbobinar com preparação de minutos). E também não é fácil ir defender o indefensável.
Neste dia, que já é ontem, recebi uma SMS que dizia: "Viste ontem o Azeredo Lopes? Meu deus!"
Neste dia, que já é ontem, recebi uma SMS que dizia: "Viste ontem o Azeredo Lopes? Meu deus!"
(Vê se começas a escrever Deus com maiúscula, pá!)
Pois não, não vi. Perguntei por aí. Parece que foi mesmo mau. Não é relevante. Azeredo Lopes, que deve ser mais novo do que eu mas parece muito mais velho na atitude, é um personagem importante da Universidade Católica do Porto. Eu não sou ninguém. Também não é relevante. O que é relavante é que Azeredo Lopes vai ser o presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC). Ok, eu sei o que valiam quase todos os presidentes do órgão regulador que antecedeu (dos membros não falo, que a PIDE não deixa), mas eu pensei que as coisas iam mudar no órgão.
Parece que piorou...
Parece que piorou...
5 comentários:
Vi só um bocado. achei bom o director do DN que é combativo. Também gostei do advogado que escreve no Público. Azeredo, na parte que vi, aguentou-se. O meu amigo e colega Artur costa não conseguiu vencer o temor reverencial pela máquina que nos espreita. Permitiu que o identificassem com o establishment e não conseguiu dizer o que pensa com clareza.
A minha enteada foi aluna do Azeredo e diz que como professor ele é do melhor que por lá há. Descontrádo, conversador, explica bem e tem humor. Vamos ver como isto vai funcionar? In dubio, pro reo, nnão acha Carteiro? Para condenar há sempre uns conspícuos cavalheiros que são capazes de nos fuzilar provisoriamente...
Também não vi o Prós contra não sei bem o quê.
Contudo, sobre Artur Costa, parece-me que foi apresentado como COnselheiro. Mal. Ninguém é Conselheiro num programa de tv como também o não pode ser num blog.
Artur Costa parece-me pessoa de bem e com ideias assentes. Andou próximo dos jornais e até escreve num deles, numa crónica por vezes interessante, embora o mais das vezes sem interesse algum. Mas quando acerta no tema e no tom é de antologia.
Quanto ao assunto de fundo, Artur Costa deve ter sentido muitas dificuldades, por um motivo. Lembro-me de ter defendido que os jornalistas cometem e devem ser punidos pela prática do crime de violação do segredo de justiça quando publicam matérias abrangidas por este novo boi Ápis. Tal como Vital Moreira.
Assim, deve ser muito difícil ter a coragem necessária para num programa de tv dizer, contra a corrente duas ou três coisas simples:
1. Que a busca no 24 Horas foi legítima e legal e que o único problema que se pode colocar é a ponderação da sua oportunidade e adequação para a investigação do crime. Alguém, para além dos insvestigadores sabe ao certo e exactamente? Não sabe. Logo, a contenção deveria ser de rigor.
Vejo para aí o tal cronista jurista do Públicoa a falar, falar, falar, mas a dizer pouco e errado, quanto a mim.
2.Que por força do incidente levantado aquando da apreensão dos computadores, a questão da violação do segredo profissional ainda não foi resolvida pelo tribunal da Relação.
Vamos esperar e ver. Pode ser que autorize e pode ser que não.
Se não, não deve haver crise: é assim que a lei prevê e funciona.
Então, diga-me lá, caro Artur Costa( e se não disser, como é mais que certo, fica a retórica da pergunta, ahahaha):
Foi isto que teve dificuldade em dizer em público na tv? Aliás, dificuldade compartida com o magistrado ( que teve o cuidado de salientar que não estava ali nessa qualidade, o que apreciei sobremaneira) Paulo Dá Mesquita. Parece difícil encontrar alguém com discurso fluido, inteligente e capaz de bater aos pontos as gralhas da desinformação...convidem o PGR, cum raio! Aposto que punha tudo em pratos limpos em pouco tempo, como fez na AR.
Assim, não percebo a dificuldade em lidar com o tal boi Ápis.
Mas porquê?!
Mas o boi era um mito! E até era embalsamado quando morria!
Pois. Vamos ver o que isto dá.
MCR, a (des)propósito, quando afirmou que a sua enteada foi aluna do Azeredo, dizendo esta que como professor ele é do melhor, realmente assim é. Também tive essa experiência aquando de umas prelecções que ele deu aqui em Lisboa, num curso de pós-graduação em Direito do Trabalho que fiz no ano 2004-2005: um professor que prende a atenção e que tem um ritmo/raciocínio alucinante nas matérias que apresenta.
Note-se: não tenho nada contra o senhor, que não conheço. E é verdade que os colegas que passaram pela Católica dizem muito bem do professor. mas não era disso que estávamos a falar... Quanto ao mais, eu não vi a prestação. Tive o cuidado de sublinhar que falava pelo queme contaram. E quem contou costuma ser muito bom apreciador.
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