Biblioteca Florbela Espanca (Matosinhos)
Ainda não tinha estado com o Guilherme Pinto vestido de presidente da Câmara, nem com o Narciso Miranda vestido de ex-presidente da Câmara, mas não foi por isso que esta tarde decidi ir à Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos. E também não foi para ver o Fernando Rocha, o vereador da Cultura, embora tenha gostado de estar com ele e com a mulher - a Paula -, que não via há anos, e com a filha de ambos - a Susana - que já não seria capaz de reconhecer. Fui lá, confesso, com o expresso propósito de conhecer o nosso MCR, que imaginei por lá. Topei-o, mal entrei, porque eu tinha uma vaga ideia dele que não sei de onde me vem. Mas estava indeciso.
Aproveitei um momento em que ele se deslocou para perto do sítio onde eu estava, de pé, que a sala estava cheia, para o interpelar. Ele chegou a pensar que eu era o suprasumo do Alexandre Quintanilha - que debate com ele, esta segunda feira. (TENTO, A PARTIR DAQUI, RECUPERAR O TEXTO QUE AQUI FOI ESCRITO POR MIM, MAS ESTRANHAMENTE FARALHADO E TORNADO INEXPLICÁVEL - obrigado Kami, pelo aviso). Limitei-me a dizer-lhe: Não, sou o carteiro do Incursões! Reconheço: não me pareceu ter ficado minimamente desapontado com a revelação. Começámos a conversar por ali, até que percebemos que estavamos a fazer ruído e, além disso, já tínhamos ouvido o melhor do espanhol José Fajardo, do Francisco José Viegas e do Álvaro Siza Vieira, num conjunto de histórias com muita piada sobre viagens e livros de viagens, com uma sala cheia que, visivelmente, impunha algum respeito ao nosso MCR que, esta Segunda, vai gerir a loja.
Saimos. Para um raio de corredor ao ar livre que tinha uma corrente de ar pouco preocupante para o MCR, mas perigosa para a minha atitude defensiva de correntes de ar, que eu já tive uma pneumonia nos tempos em que vivi na Póvoa de Varzim, onde há correntes de escrita e nortadas perigosas.
Falámos. Falámos muito. E eu fumava. Ora de braços cruzados, ora de mãos nos bolsos. Das coisas que escrevemos, das vidas que vivemos, do passado e do presente, pouco do futuro. Melhor: MCR falou muito que eu sou daqueles que preferem ouvir os que têm mais história do que eu.
Tudo correu bem, até ao momento em que apareceu o jornalista Alberto Serra, que ambos conhecemos. A partir daí, eles começaram a falar de escritores a esmo, de livros a esmo, de histórias de escritores e de livros e eu, menos falador ainda, via as bolas passar, porque só percebi metade da conversa. Ignorante carteiro, a quem não se pode pedir mais.
Colóquio acabado. MCR, simpático extremo, sugeriu que eu fosse jantar com ele. Com eles. E também com a prima escritora que descobriu em mim um pássaro ferido na asa. Eu não podia. Tive pena. Mas fica para outra vez. Que eu gostei de MCR. Gostei mesmo.
(Desculpe, MCR, mas aconteceu aqui uma qualquer baralhação. Creio que o seu texto tenha sido escrito sobre o meu texto original, que, agora, tentei recuperar com o máximo rigor)
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