07 abril 2006

O metro do Porto na Asprela (4ª parte)

Já aqui escrevi várias vezes sobre o folhetim da chegada do metro à zona da Asprela, designadamente à estação do Hospital de S. João. Finalmente, e depois de vicissitudes várias, o metro já circula até à extremidade da linha amarela, próximo da entrada da urgência daquele estabelecimento hospitalar.

Contudo, esse facto não quer dizer que terminaram as obras (de Santa Engrácia). Lá continuam trabalhadores de empresas diversas a recolocar o muro de vedação do hospital e da Escola Superior de Enfermagem e a fazer pequenos trabalhos em falta. Aliás, as ruas continuam esventradas e com o piso aos altos e baixos e há coisas absolutamente incríveis: parte do trânsito da Estrada da Circunvalação foi desviado para o estreito acesso que serve as entradas e as urgências do hospital, incluindo os transportes públicos, há passadeiras para peões que desembocam no eixo da Circunvalação, há sentidos de trânsito em metades de rua, há túneis abertos sem utilização, há obras e arranjos exteriores que nunca mais terminam.

O estaleiro permanente em que se transformou a zona fronteira ao Hospital de S. João é o exemplo acabado da incompetência e do desleixo da Metro do Porto e do desinteresse dos responsáveis autárquicos. Se tal ocorresse (como ocorreu) na zona da Boavista ou em Matosinhos-Sul logo se invocaria o interesse público para apressar as obras de requalificação do espaço urbano. Assim, até parece haver retaliação pelas tomadas de posição contra o traçado do metro naquela zona…

1 comentário:

M.C.R. disse...

Ora aí está uma boa explicação.