Segundo o “Correio da Manhã” (este jornal está hoje aqui muito badalado…) o escritor angolano (por opção, uma vez que ele nasceu em Vila Nova de Ourém) Luandino Vieira, recusou o Prémio Camões e os respectivos 100 mil euros, alegando “razões pessoais e íntimas”.
Segundo o mesmo jornal, apenas o escultor José Rodrigues, que acolhe o escritor no seu Convento de S. Paio, em Vila Nova de Cerveira, não se surpreendeu.
Relata José Rodrigues que ele vive “ como um franciscano”. Parece que se retirou (fisicamente) do Mundo mas “continua atento a tudo o que acontece”.
Segundo o escultor, Luandino Vieira “passa os seus dias a passear pelos montes, a falar com os passarinhos e os animais e a escrever cartas”.
Faz-me lembrar São Francisco, filho de um rico comerciante de tecidos, que renunciou definitivamente aos bens materiais, dando à sua vida um novo rumo, tornando-se o Santo dos pobres e humildes e protector dos animais…dando, no fundo, valor àquilo que é, na verdade, essencial nesta nossa peregrinação: o amor, a amizade, a solidariedade. E desprezando as ilusões deste mundo…
Eu creio que, neste pequeno círculo do Incursões, também vamos, de certo modo em paralelo com o caminho de São Francisco e, para as nossas “girls” incursionistas, à maneira de Clara de Assis, realizando esse desiderato de fraternidade…
A notícia continua, chamando a atenção para o facto de Luandino continuar a escrever. Prepara uma obra intitulada ‘O Livro dos Rios’, primeiro volume da trilogia ‘De Rios Velhos e Guerrilheiros’, a lançar em Novembro.
Parece-me que vou ficar atento…
Segundo o mesmo jornal, apenas o escultor José Rodrigues, que acolhe o escritor no seu Convento de S. Paio, em Vila Nova de Cerveira, não se surpreendeu.
Relata José Rodrigues que ele vive “ como um franciscano”. Parece que se retirou (fisicamente) do Mundo mas “continua atento a tudo o que acontece”.
Segundo o escultor, Luandino Vieira “passa os seus dias a passear pelos montes, a falar com os passarinhos e os animais e a escrever cartas”.
Faz-me lembrar São Francisco, filho de um rico comerciante de tecidos, que renunciou definitivamente aos bens materiais, dando à sua vida um novo rumo, tornando-se o Santo dos pobres e humildes e protector dos animais…dando, no fundo, valor àquilo que é, na verdade, essencial nesta nossa peregrinação: o amor, a amizade, a solidariedade. E desprezando as ilusões deste mundo…
Eu creio que, neste pequeno círculo do Incursões, também vamos, de certo modo em paralelo com o caminho de São Francisco e, para as nossas “girls” incursionistas, à maneira de Clara de Assis, realizando esse desiderato de fraternidade…
A notícia continua, chamando a atenção para o facto de Luandino continuar a escrever. Prepara uma obra intitulada ‘O Livro dos Rios’, primeiro volume da trilogia ‘De Rios Velhos e Guerrilheiros’, a lançar em Novembro.
Parece-me que vou ficar atento…
2 comentários:
Todos quantos aspiram a um certa serenidade acabam por poder ser comparados a Buda ou a S Francisco.
Dito isto, just in case, vamos ao Zé Luandino. Ele alega razões pessoais, intimas, para recusar um chorudo prémio. Já Herberto Helder fizera o mesmo em relação ao prémio pessoa. E vivia (vive) modestissimamente. Acaso achamosHélder semelhante a S Francisco? Ou, doutra maneira, será que estes homens têm uma outra ideia, ética desta vez, da função da escrita?
No comentário anterior entendi - se calhar mal - não dever extrapolar da literatura para a política. Porém já alguém o fez. E vem dizer que provavelmente Luandino não se revê na figura de intelectual angolano. Penso qtambém isso. Será assim? De todo o modo tem a minha inteira solidariedade, ainda que Luandino poderia perfeitamente rebater essa ideia. Bastava explicar o seu percurso político. Não tem nada a perder. Já perdeu um pancadão de anos no Tarrafal!
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