23 maio 2006

Revitalização urbana

Decorreu na passada sexta-feira um seminário na Exponor sobre “Revitalização urbana, qualidade de vida e competitividade das cidades”, que juntou especialistas sobre estes temas para reflectirem sobre aquilo que se passa nas nossas cidades e as boas práticas existentes por esse mundo fora.

Partindo do exemplo do Porto, cidade e área metropolitana, os presentes puderam apreciar a visão que os responsáveis políticos pela Junta Metropolitana têm para este espaço territorial – uma visão que precisa de mais estratégia e ambição, o que talvez só seja possível quando os líderes metropolitanos tiverem legitimidade eleitoral – e conhecer melhor os projectos da Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto e os estudos de mobilidade desenvolvidos para a região.

Depois, veio a parte mais interessante, quando se pôde ouvir as experiências de requalificação de cidades como Estocolmo, Rennes e Bilbao e o relato de um académico português radicado nos EUA sobre as medidas implementadas em algumas cidades norte-americanas. Em todos os exemplos, esteve sempre presente a preocupação cimeira com a vivência das cidades, os espaços públicos, a mobilidade, a primazia dos transportes colectivos, a circulação pendular entre os centros e as periferias.

Quando se estuda e analisa estes bons exemplos, custa a entender por que tantas vezes se persiste no erro e nas opções mais penalizadoras para os cidadãos. Não é só na gestão de empresas que se deve acompanhar as boas práticas. O benchmarking na actividade política e na gestão do espaço urbano devia ser uma prática habitual dos nossos decisores.

Já agora, contam-se pelos dedos das mãos os autarcas e responsáveis políticos presentes neste seminário. Deviam estar ocupados a despachar facturas de fornecedores de rotundas e fontes luminosas…

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