Há já vários dias que ando bloqueado, mas, nesta semana que acaba, a coisa agravou-se. Para além de articulados - malditas providências cautelares -, eu bem tenho tentado, mas nada, ah que raio de cansaço que me leva ao bloqueio.
Sim, é verdade, não foi uma semana fácil. Não me limitei a quebrar a regra de não sair durante a semana. Fiz mais do que isso: quebrei-a por três vezes. Na 3ª feira, já depois de jantar, não resisti a ir tomar café com um grupo de jornalistas. Não regressei tarde, mas nessa altura eu já estava a sentir uma certa incompatiblidade com a salada de atum e feijão frade do jantar, que acabou por me arruinar a noite e o dia seguinte, sim o dia seguinte, de contestações a providências cautelares (malditas providências...), de apresentação do livro do JAB e do jantar incursionista. Vi-me aflito para poder cumprir o calendário. Foi sem esforço que gargalhei com forma brilhante como JAB conta histórias, com aquele dom pouco comum de fazer ironia sobre si próprio, mas foi com esforço que aguentei o programa, porque me sentia arrasado (como o Mocho, atento, me sublinhou no dia seguinte), e mais arrasado ainda por saber que não conseguir estar melhor companhia de pessoas que mereciam. Prometo a todos melhores dias
Mas há outro princípio que me rege: é difícil tirarem-me de casa, mas quando saio, custa-me regressar, mesmo quando estou no limite e é dia de semana. Pois é: depois do "rapto" a que fui sujeito, passei ainda pelo Triplex, no convencimento de que todos os outros - os que restavam - passariam por lá, como sugeri ao JCP. Deitei-me tarde. E - ó maravilha! - não consegui dormir coisa de jeito. Com a agravante de que na 5ª feira tinha um prazo para cumprir, eu que o tinha contado para o dia seguinte. Sofri como um danado. Valeu-me a dose de calma que o ajuizado Mocho, que estava por ali, me insuflou, já de saída, e a solidariedade da Rosana, que fez questão em não me deixar sozinho no meu desespero. Ambos, quase conseguimos acabar aquilo. Não deu. Paciência. A multa também não é por aí além.
E só não conseguimos acabar porque tinha combinado jantar com o presidente da Câmara do Marco, que me ligou à 20.30 H a confirmar o local e a hora. E eu tive de ir (ainda pensei cancelar, mas corria o risco de ser mal entendido). Só que a coisa não acabou ao jantar. Conversa longa. Cheguei a casa passava já da 4 horas. Ainda pensei ir directo para o escritório acabar a contestação da providência cautelar (maldita providência...), mas não fui. Devia ter ido. Não dormi, apesar do comprimido. Cheguei ao escritório parecia um zombie. Acabei aquilo. Mas voltei rebentado. Estou rebentado. E bloqueado para escrever. Às voltas com as providências cautelares...
5 comentários:
Pois é, meu caro Carteiro: conheço bem essas angústias dos prazos...enfim, ossos do ofício!
No que toca ao Triplex, eu bem que me lembrei mas...o pessoal certamente também estaria no limite...que eu até aguentava e bem...mas...o meu caro amigo MCR, coitado, andou ali de um lado para o outro, a fazer-nos as honras do Porto, a levar-nos de um local para outro..não ficaria bem demorá-lo numa surtida dessas...e presumo que lá em casa estariam à espera dele...Fica para a próxima...
Um grande abraço!
Caro Delfim: para a próxima, terá de ser num fim de semana. Um grande abraço para si e para a Mma., que merecem toda a simpatia. E ainda bem que o MCR esteve disponível para os receber como merecem.
Obrigado, CR. Com efeito, um fim de semana, tipo Sexta para Sábado, ou Sábado para Domingo, é o ideal...
Quanto ao MCR, bem que ele diz que não, mas é um Santo...
Um grande abraço!
Para santos com o nome de Marcelo bastam os 18 do calendário, não contribuo para o 19º nem á lei da bala.
A mim ninguém me falou do triplex!
DLM o que fiz fi-lo com gosto (muito) e era um mínimo: pelo menos enquanto andou comigo não foi a nenhuma missa, nenhuma novena, nenhuma procissão, nada. Limitou-sea andar. Parece-me mesmo que nem sequer se benzeu perante as minhas palavras e o meu modo de guiar na cidade.
Ou seja: não pecou mas também não "despecou".
O que, nos tempos que correm, já é uma vitória dos incréus sobre os missionários em terra de pecadores!
Andar consigo é descobrir novos mundos...e eu estou sempre pronto a partir à descoberta...
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