respirar o fogo;
a chama a encerrar(-me)
tão fundo no peito
-punhal e prisão-
arde sobre a ferida.
sobre a noite em grades.
morder os lábios,
os músculos crispados
a combater a lágrima
e o corpo vazio.
dobrar a dor
meticulosamente
e (simular) guardá-la
fora do alcance.
silvia chueire
18 agosto 2006
respirar
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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3 comentários:
Não sei se o nosso Sócrates acha bem esta coisa de andar a respirar fogo :-)
a terceira estrofe é a b s o l u t a m e n t e fabulosa.
E mais não digo...
Carteiro,
Pelo que tenho entendido é de respirar outro fogo que o seu Sócrates não gostaria. : )
MCR,
Obrigada pelas suas palavras. Muito.
Abraços a ambos,
Silvia
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