La Cigalle, em Olhos de Água, está fora de causa, por muito que os roteiros o recomendem. Não se come propriamente mal: é caro e o serviço péssimo, daqueles sítios onde os empregados estão mortinhos por nos verem pelas costas. Vale a pena meter os pés na areia, mesmo quando é preciso tirar os sapatos, e seguir ao longo da praia, 50 metros ao lado ou isso, e subir ao Pássaro Azul. É caro, claro. Mas vale a pena. Ninguém nos manda embora depois do robalo.
Em Paderne, as Moiras Encantadas também justificam a viagem. Sossegado. Sítio bonito. Boa comida. Não tão caro. Atendimento demorado mas personalizado. Borrego e polvo.
As Três Palmeiras, entre a Oura e Albufeira propriamente dita. Sem muitos requintes, um sítio calmo, um proprietário comunicador, antigo combatente em África com algumas contradições no discurso político, mas, pronto, também não foi para falar de política que lá fomos. As sardinhas estavam muito bem. E até o medronho...
O já falado Roque, aqui mais abaixo, extraordinário, com o arroz de lingueirão. Boa malha. Nada caro.
E, por fim (logo no primeiro dia), o Manel dos Frangos, mesmo ali ao lado do Hotel Montechoro. Frango. Eu gosto de frango e estava com saudades do frango do Manel. Porque tem uma curiosidade: eu destesto tomate, mas como tomate no Manel dos Frangos com uma paixão violenta. Barato, claro.
Montechoro? Não tenciono voltar nos anos mais próximos. Digo eu todos os anos, até perceber que vou tarde de mais para encontrar outro sítio.
Em Paderne, as Moiras Encantadas também justificam a viagem. Sossegado. Sítio bonito. Boa comida. Não tão caro. Atendimento demorado mas personalizado. Borrego e polvo.
As Três Palmeiras, entre a Oura e Albufeira propriamente dita. Sem muitos requintes, um sítio calmo, um proprietário comunicador, antigo combatente em África com algumas contradições no discurso político, mas, pronto, também não foi para falar de política que lá fomos. As sardinhas estavam muito bem. E até o medronho...
O já falado Roque, aqui mais abaixo, extraordinário, com o arroz de lingueirão. Boa malha. Nada caro.
E, por fim (logo no primeiro dia), o Manel dos Frangos, mesmo ali ao lado do Hotel Montechoro. Frango. Eu gosto de frango e estava com saudades do frango do Manel. Porque tem uma curiosidade: eu destesto tomate, mas como tomate no Manel dos Frangos com uma paixão violenta. Barato, claro.
Montechoro? Não tenciono voltar nos anos mais próximos. Digo eu todos os anos, até perceber que vou tarde de mais para encontrar outro sítio.
6 comentários:
Não me parece bem pensado que, por causa da guerra, deixemos de comer. Só serviria para aumentar o número de vítimas.
um :) para o nosso carteiro, cujo sentido de humor parece ter refinado com as ferias, mesmo curtas...
Caro hóspede: o meu roteiro gastronómico foi apenas isso mesmo, um apontamento de quem vive o resto dos dias a comer pregos em prato e francesinhas e mais umas outras coisa mais ou menos manhosas. Qualquer pessoa que ande por aqui há algum tempo, perceberá facilmente a importância que estes breves dias de férias - com gastronomia, amigos e algum sol - tiveram para mim. Esqueci-me dos dramos do mundo? Nem por isso. Infelizmente. Porque significa que o meu descanso não foi total.
Mas aprendi algumas coisas. Por exemplo: aprendi a não me sentir culpado pelo facto de ter esquecido as desgraças do mundo por algum tempo. E aprendi mais: aprendi a lidar melhor com as desgraças próprias, as minhas, que também valem.
Sim, alguma coisa me fez bem. Talvez o mar. Ou o mar. Brincando:-) A sério, agora: o que me fez bem, foi a ausência. Melhor: a vontade de ausência. O querer repetir a ausência, que me ajuda a relativizar as coisas...
O mar é mar, claro, por isso o usei duas vezes, o ir e o voltar, entre o Norte e o Sul. Mas, sim, é a ausência, a minha maior complexidade, onde essa história da globalização também está relativizada.
Carteiro: vejo que não perdeu nem a pedalada nem o paladar.
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