De vez em quando, vou por aí abaixo, leio o Incursões de outros tempos, e tenho saudades desse tempo. Do tempo em que, por exemplo, Rui do Carmo escrevia destas coisas (maio 2005):
Vive do reboliço das palavras
Com a blogosfera, a dimensão da “espiral do silêncio” ficou menor. O INCURSÕES deu e continua a dar, para isso, a sua contribuição. Sem “anónimos” e com os pseudónimos a serem cada vez mais meras figuras de estilo, tem homenageado o exercício do dever cívico da liberdade de expressão, mesmo quando os temas são melindrosos para quem participa nos debates.
Menos irritadiço do que o seu falecido irmão mais velho CORDOEIROS, fez um ano, já teve o sarampo e a varicela e resistiu a uma virose cerebral que fez temer pelo seu passamento.
Porque blog tem idade de cão, já tem voz grossa e até já morde. E foi precoce a ter filhos, uns com maior e outros com menor sucesso como quase sempre acontece, que sabem ter aqui a sua casa-abrigo.
Está a ficar crescidinho, na idade adolescente de querer ser intelectual.Vive do reboliço das palavras e de quem, persistentemente, lhe garante uma folha branca, de adequada textura, todos os dias.
4 comentários:
Um belo post afetivo.
Também eu, acredite!, gostei de reler estas palavras.
Um abraço.
Belo texto Rui do Carmo, belo texto. seria bom que não ficasse mais uns meses á espera de um irmão, um primo, enfim um filho do mesmo pai.
Caro Rui do Carmo: se voltar a escrever, eu prometo que daqui a um ano vou repor as suas palavras de agora.
Abraço
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