cair
o céu cai ao chegar a noite
sobre as mãos vazias.
põe-se a não dizer palavras,
a cegar os olhos para não as ler.
não é dela o corpo,
curvas, pele.
só o desespero lhe pertence.
nem o andar esguio de um gato
anestesia seu corpo
o grito tomba-lhe ao colo.
um trompete, em jazz,
rasga o ar,
apenas seus olhos afundam
no escuro.
silvia chueire
03 abril 2007
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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