pensamos, na loucura
depositada nos dias,
que o indizível pode ser dito.
e nos dedicamos a isto
com a dedicação de amantes.
até tê-lo nos dedos,
na caneta que percorre
freneticamente o papel.
pensamos que escrevemos o poema
quando ele repetidamente nos escreve.
inscreve-nos
no lugar intermediário
entre o olhar e a palavra.
silvia chueire
13 junho 2007
sobre o poema - II
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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6 comentários:
Sílvia, como sempre binda-nos com um belo poema!
Gostei muito!
Um abraço
os poemas que nos escrevem são uma bela imagem.
E quando neles se pousa o olhar, já não são nossos, viuvas de amante por voltar.
Adorei.
Um abraço
Olá Silvia.
Ontem fui ao teu blog à procura de um poema novo.
Ando vazia de poemas.
Hoje encontrei aqui o que procurava.
Fico feliz que vocês gostem, vocês sabem.
Um abraço grande,
Silvia
Silvia já lá deixei o mote
Queres deixar-me algum?
Vale o desafio?
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