11 julho 2007

A nódoa e o pano

Marques Mendes foi ontem envolvido pelo Público numa suposta embrulhada a propósito da sua intervenção junto da administração da PT para esclarecer a alteração do contrato de prestação de serviços entre a telefónica e uma empresa que participa num grupo que tem o próprio Marques Mendes como presidente da Assembleia Geral. Esse grupo tem a sua sede em Viana do Castelo, círculo eleitoral por onde Mendes foi eleito deputado em anteriores legislaturas.

Nestas situações vem sempre à memória a história da nódoa que nem sempre cai no pano mais adequado…

4 comentários:

carteiro disse...

Como diria o meu amigo JCP, se isto fosse com o Sócrates, isto é uma irrelevância que os jornais e os blogues andam a cavalgar...

M.C.R. disse...

O PS exigiu hoje que o líder do PSD, Marques Mendes, dê explicações públicas sobre a sua alegada interferência num negócio entre a Portugal Telecom e a Fix, uma empresa de engenharia e telecomunicações que presta serviços à PT, noticia a Lusa.

«O líder do PSD não se pode refugiar atrás de procedimentos burocráticos, até porque é reincidente nesta matéria», disse à Lusa o deputado José Junqueiro, vice-presidente da bancada do PS na Assembleia da República.

O deputado socialista afirma que Mendes teve acesso a «informação privilegiada» e que deve à opinião pública uma «explicação detalhada» sobre o seu papel neste caso. O Rádio Clube noticiou segunda-feira que Marques Mendes tentou interceder num negócio entre a PT e a Fix, mas fonte social-democrata negou à Lusa qualquer procedimento menos correcto por parte do líder do PSD.

A empresa Fix terá enviado um e-mail ao presidente do PSD onde se queixava de ter perdido duas adjudicações da PT num negócio em Aveiro e em S. João da Madeira, tendo a mensagem sido reencaminhada para Henrique Granadeiro, através do gabinete de Marques Mendes.

Fonte próxima do líder social-democrata, que é deputado por Aveiro, disse à Lusa que este é um procedimento rotineiro e que Marques Mendes não teve sequer conhecimento do teor do e-mail que o seu gabinete reencaminhou.

«Esse mail não teve qualquer influência na decisão porque a mesma já tinha sido tomada anteriormente», garantiu à Lusa fonte oficial da PT. Na edição de hoje do jornal Público, no entanto, Marques Mendes reconhece que preside há vários anos à assembleia-geral de uma empresa participada pela Fix, a Paínhas SA. «Está declarado no meu registo e na minha declaração no Tribunal Constitucional», revelou.

Estas explicações não convencem o PS, que censura a actuação do líder social-democrata. «Ele [Marques Mendes] preside à assembleia-geral de uma empresa participada pela Fix, interfere num negócio com a PT e agora vem simplesmente dizer desculpem qualquer coisinha, sem mais explicações?», questiona Junqueiro.

M.C.R. disse...

como calcularão eu copiei exactamente uma notícia e postei-a aqui em cima para informação. Por razões que desconheço não consegui põr tudo nomeadamente a origem da notícia.
Agora o meu comentário:
mesmo que MM tenha agido como lobbyist o que não parece ser o caso, sempre direi que, não tendo ele qualquer função governamental não pode nunca ser acusado como seria se, por exemplo, estivesse no governo. Ou, agora, alem de não ter poder, ainda é acusado por defender os interesses (se é que os defendeu) de uma empresa de que é presidente da AG?

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Falta saber em que condição interveio: como líder do PSD e da oposição, como deputado, ou como presidente da AG da empresa do grupo. Venha o diabo e escolha.