Com todo o respeito pelos minoritários monárquicos, D. Duarte de Bragança saiu-se com mais uma boutade lamentável. Do alto do pedestal, vem criticar a trasladação dos restos mortais de Aquilino Ribeiro, esse conspirador terrorista, para o Panteão Nacional, tendo chegado ao ponto de se achar no direito de manifestar a sua estranheza em nota dirigida à Assembleia da República. Se não fosse ridículo era patético. Já agora, que resposta terá merecido essa insólita "nota"?
D. Duarte diz ainda esperar que o mesmo não venha a acontecer com José Saramago, antecipando o futuro passamento do Nobel da literatura. Pensará o duque que tanta afluência pode pôr em causa as suas aspirações a um lugar na Santa Engrácia?!
6 comentários:
Espero que a nota não tenha resposta porquanto não considero que o senhor duque de bragança casado com uma directa descendente do homem que armou os matadores de D Carlos possa dizer o que quer que seja a este respeito.
poderia aliás perguntar a que título é que este senhor é duque de bragança sendo como é descendente de alguém que perdeu todos os direitos á coroa portuguesa e o reconheceu em documento assinado. poderia ainda perguntar a que título é aspirante a um trono que não existe há quase cen anos mas temo que seja uma pergunta indelicada ....
Mas, então, D. Duarte não é um cidadão no pleno gozo dos seus direitos cívicos?
Terá, por caso, D. Duarte, menos direito de dizer que não concorda, do que o ainda não passado nobel de dizer que não cumprimentaria o actual Presidente da República?
eu refiro-me apenas ao facto do cidadão em causa referir o passado "terrorista" de Aquilino. que por azar não era da familia do sogro dele...
Claro que D. Duarte pode dizer que não concorda, mas daí a achar-se no direito de enviar uma nota ao Parlamento vai uma larga distância. A mesma que indicia que ele pensa ter direitos cívicos (e republicanos) especiais por ser "duque".
Estou totalmente de acordo com o comentário de MCR.
ora, qualquer um pode mandar uma nota ao Parlamento!
Em Espanha é que somos todos Dons. Aqui , falemos do Sr. Duarte Pio.
Aliás, como cidadão merece-me todo o respeito e os seus direitos são tão sagrados como os de qualquer outro. Como aspirante ao hipotético trono, por ser descendente do tenebroso Sr. D. Miguel, deve ser registado no livro das anedotas.
De facto, se me parece bem que a República o acolha como cidadão, já me parece uma transigência ridícula dar qualquer significado formal à ficção monárquica do Sr. Duarte.
Se é da essência do nosso
Estado de Direto democrático não serem admitidos quaisquer privilégios de nascimento, porque carga de água pode alguém arrogar-se o privilégio de se tornar Chefe de Estado por nascimento .
Meus caros amigos, aqui , o único rei que pode ser reconhecido é o rei dos frangos; e mesmo esse, com o devido respeito para com as galinhas.
Ah, é verdade, o Sr. Duarte não gosta do Aquilino. É natural ele não é capaz de o compreender. Aliás, isso não tem qualquer importância.
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