23 novembro 2007

Abriu a época de caça!

Li no jornal por estes dias que Luís Filipe Menezes angariou novos militantes para o PSD. Tudo normal nestas coisas, excepto quando, pelo meio, surgem algumas aves raras. Que nos espantam, ou nem por isso.
Um dos novos militantes é Fernando de Sousa. Quem é, perguntarão alguns? Sousa foi meu professor de História Económica e Social Contemporânea, embora pouco efectivo, valha a verdade. Não era tido em muito boa conta nem pelos colegas, nem pelos alunos. Explorou o segmento das "histórias" de empresas e instituições, com base nas valiosas contribuições de alunos e assistentes e presidiu ao Ateneu Comercial do Porto. Deixou a Faculdade de Letras da U.Porto sem deixar saudades e "passou-se" para a Universidade Lusíada, em busca de melhores "condições". Prolixo, dirige actualmente mestrados e doutoramentos. Seja em relações internacionais ou em ciência política. O que vier, vai.
Sousa chegou agora ao PSD depois de "deputar" durante alguns anos em S. Bento na bancada parlamentar do PS. Contudo, o seu maior destaque foi enquanto director do "Acção Socialista", quando publicou uma caricatura de Narciso Miranda com orelhas de burro. Acantonado na ala soarista (de João Soares), esse episódio traçou-lhe o destino dentro do PS. Mas Sousa também nunca perdoou ao PS não lhe ter proporcionado a tão ansiada candidatura à Câmara de Gaia.
Por essas e por outras, Sousa aparece (poucos) anos depois colado a Menezes como presidente do Parque Biológico de Gaia - mais uma área do saber! - e agora adere ao PSD. De quem devemos desconfiar: de Menezes ou de pessoas como Fernando de Sousa?

2 comentários:

o sibilo da serpente disse...

Provavelmente, não é caso para desconfiar de nenhum dos dois, homem.
Será o primeiro caso de mudança de partido?
(E não estou a defender FS, que sempre me pareceu ter um ar demasiado altivo para os meus padrões)

M.C.R. disse...

conheci ainda que vagamente a criatura. não me impressionou favoravelmente, bem pelo contrário: confesso mesmo que pareceu pouco dotado quer para a política quer para essa imaterialidade inútil a que por vício chamamos cultura. De todo o modo isto foi só uma impressão...
depois li dele umas intervenções avulsas que me pareceram absolutamente irrelevantes e pejadas de lugares comuns.
Vai para o PPD. "bon debarras"! Acho apesar de tudo que o PPD merecia melhor: está a comprar material fora de prazo.