08 novembro 2007

missanga a pataco 31


Uma pequena ideia,
um pequeno gesto,
uma pequena despesa.


Ontem o «Público» trazia uma reportagem sobre um cidadão vulgar, como nós leitores e escrevinhadores deste blog, que reolveu criar uma bolsa para premiar estudantes que se distinguissem nos seus estudos mormente nos que vão até ao nono ano. A bolsa não é grande mas os contemplados, gente pobre, não lhe fazem má boca. E ficam orgulhosos. E aquilo, embora pouco, dá-lhes um jeito danado.
Alguém, não tenho o nome aqui á mão, passou a ideia ao João Vasconcelos Costa, esses mesmo, o do blog meubloconotas.blogspot.com, o tipo que sabe tudo sobre bichezas nefandíssimas e pequeninas que matam que se fartam, o meu velho amigo, cozinheiro de mão cheia e mais açoriano que o vulcão dos capelinhos. O JVC, nem hesitou, pimba, mandou-me a história. E assim, sem mais nem menos, está a nascer a ideia de também nós, cidadãos « de a pié », sans culottes, sem nome estabelecido na praça da caridade, arranjarmos uma maneira de nos cotizarmos e imitar vergonhosamente o cidadão de S Domingos de Rana. Nesta conversa que só agora encetámos, mandei a minha posta: E porque não dar um prémio simbólico ao professor dos ditos energúmenos que teimam em provar que mesmo em meios carecidos de tudo pode haver um bom aluno ? Já vou tramar o Manuel Sousa Pereira, escultor e marceneiro, professor aposentado que até tem uma sala com o nome dele na escola onde ensinou (deve ter sido cunha, aquilo dos alunos dele terem sempre notas altíssimas nos exames parece-me coisa muito mafiosa…) para fazer uma das suas terracotas em série para oferecer ao professor que lavrando a sua lavra mostre ter boa mão e melhor enxada. Tenho mais uns tansos em ponto de mira mas antes de alrgar a coisa, aqui deixo a notícia. Quem quiser junta-se à malta, dando o que quiser, não é preciso ser muito, basta que sejamos muitos como nas sociedades anónimas.
Não se dão indulgências, medalhas, nome de rua, queijadas de sintra ou berloques. Isto não é uma ong mas também não faremos ping-pong com a massa. Cacau entrado, cacau saído. Tudo na maciota, sem arrebiques, a la fresca… quem quiser botar o nome, diga para aqui ou para o JVC, melhor para ele que é mais desenvolto nisto de computadores e restante tralha.
À barca, à barca que temos gentil maré…

PS : se algum sacaninha aí do fundo nos chamar beneméritos apanha na tromba e paga cem eurinhos dos verdadeiros de multa. Ah, já me esquecia, isto é para continuar depois do Natal. Os blggers, que nos costumam visitar , com o João Tunes à cabeça, poderiam dar uma boleia a este texto ou esmifrar um outro do mesmo teor para ver se isto chega a bom porto. Obrigado, colegas. E um abraço, claro

A gravura de hoje é uma homenagem à revista Mad que ainda esperneia nos States. Devem andar atrapalhados com o bush e com os neo-cons. Mas são uma prova que aquilo também é terra de muita e boa gente. O senhor Newman é a figura tutelar desta louquissima revista que comecei a apreciar graças à Maria João Delgado

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